O período escolar se aproxima e os pais de milhões de crianças e adolescentes começaram a comprar os materiais para o ano letivo. No entanto, essa busca nem sempre é prazerosa, ainda mais quando são analisados os preços dos itens.
De acordo com um levantamento realizado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), os impostos sobre os materiais escolares chegam a 50%. Outros itens que não chegaram a esse patamar também tiveram uma taxa bastante elevada.
Veja abaixo quais materiais apresentaram a maior carga de impostos do país:
O economista do Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV) da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, alerta que os impostos elevados encarecem não só os materiais escolares, mas toda a cadeia educacional. Segundo ele, os pais devem fazer pesquisas para comparar os preços e, assim, minimizar os custos.
“Os preços oscilam de loja para loja. Pesquisar e comprar em maior quantidade pode garantir a famosa pechincha para economizar no final da compra”, disse o economista.
Uma das maneiras de tentar driblar a carga tributária elevada é promover boa educação à população. Pelo menos é isso que acredita o presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), João Eloi Olenike. Inclusive, o Brasil é um dos poucos países a tributar itens de uso essencial nesse setor.
“A educação deveria ter um retorno melhor em relação à qualidade dos serviços públicos oferecidos aos cidadãos diante de tantos tributos pagos, que se fossem menores poderiam permitir uma formação melhor e mais acessível”, disse.
Por fim, a ACSP revelou que os brasileiros pagaram quase R$ 2,9 trilhões em impostos no ano passado. O valor foi o mais alto dos últimos anos. E, nos seis primeiros dias de 2023, os brasileiros já pagaram mais de R$ 59 bilhões em impostos no país.
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