Manifestantes protestam contra proposta de segurança pública na França
Milhares de manifestantes ignoraram os pedidos de distanciamento social para protestar contra polêmica proposta de segurança pública
Centenas de milhares de manifestantes estão saindo às ruas nos últimos dias na França. O motivo: eles são contra uma proposta de lei de segurança pública. Entre outras coisas, essa lei criminaliza pessoas que compartilham fotos e vídeos de policiais.
De acordo com a lei, as pessoas não poderiam mais compartilhar essas imagens se o objetivo delas for “prejudicar a integridade física ou psicológica dos agentes”. Dessa forma, dá para entender porque a proposta é polêmica.
A Anistia Internacional se posicionou sobre a proposta. De acordo com a ONG internacional, a ideia é uma “afronta aos valores de liberdade da França”. Além disso, a organização Repórteres Sem Fronteiras disse que a proposta seria uma maneira de “diminuir a liberdade de imprensa”.
Esse é um ponto de muita discussão nesta questão. É que críticos afirmam que até jornais pensariam duas vezes antes de publicar um vídeo em suas plataformas. Assim, eles afirmam que o projeto não é bom.
Seja como for, os deputados que apresentaram a proposta afirmam que a ideia é apenas ajudar esses agentes. Eles afirmam que existe uma cultura de cancelamento que “acaba com a vida das pessoas” ao redor do mundo.
Segurança Pública
O fato é que este debate está acontecendo justamente em um momento em que a publicação de alguns desses vídeos está causando revoltas gigantescas ao redor do mundo. Nem é preciso entrar em detalhes do protesto pela morte de George Floyd, no Estados Unidos. Por lá, tudo começou com a divulgação de um vídeo.
No Brasil, a situação não é muito diferente. A morte de João Alberto na frente de uma loja da rede Carrefour, em Porto Alegre, acabou gerando revolta após a publicação de um vídeo nas redes sociais. Por isso, o projeto francês já nasceu cheio de polêmica.
O caso surgido no Carrefour em Porto Alegre nada teve a ver com racismos ou algo que refira a uma situação discriminadora. Foi, sim, uma ação isolada envolvendo seguranças do estabelecimento que agiram de forma precipitada contra um cidadão negro que resultou em homicídio. O fato está claro, nada que envolvesse racismo contra o dito senhor assassinado e nada contra a rede supermercadista Carrefour. Nos Estados Unidos são casos diferentes. Na França, em outros lugares existem situações racistas. Se no Brasil a maioria da população é negra ou mestiça, as mortes dos negros em ações policiais ou em outros casos acontecem por conta dos próprios negros e mestiços que se matam entre si. Não é possível jogar a culpa no povo branco e nem culpar os brancos de hoje por causa do escravagismo do passado. Irton Marx
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