Mais de 125 milhões de brasileiros viviam com algum grau de insegurança alimentar em 2021. Esse número corresponde a 58,7% da população do país. Pelo menos é o que aponta o levantamento realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN).
Na comparação com 2020, a insegurança alimentar cresceu 7,2%. Embora o avanço tenha sido expressivo, nem se compara à disparada registrada em relação a 2018, de 60%. A saber, insegurança alimentar se refere à falta do acesso pleno a alimentos, e quase seis em cada dez brasileiros sofreram com isso em 2021.
Esses dados foram apresentados pelo 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil. Em resumo, havia 33,1 milhões de brasileiros não tinham o que comer diariamente em 2021. Aliás, a insegurança é classificada em três níveis. Veja abaixo quais são:
Segundo o coordenador da Rede PENSSAN, Renato S. Maluf, a insegurança alimentar no Brasil se mantém devido às ações do governo.
“As medidas tomadas pelo governo para contenção da fome hoje são isoladas e insuficientes, diante de um cenário de alta da inflação, sobretudo dos alimentos, do desemprego e da queda de renda da população, com maior intensidade nos segmentos mais vulnerabilizados”, explicou Maluf.
Em outras palavras, o coordenador da Rede PENSSAN disse que as políticas do governo no combate à extrema pobreza, realizadas entre 2003 e 2014, restringiram a fome a apenas 4,2% dos domicílios do país.
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O levantamento também apontou que 25,7% da população da região Norte enfrentava a fome em 2021. No Nordeste, a taxa chegou a 21%. A saber, cerca de 15% das famílias do país sofreram com a fome no ano passado, em média.
Outros fatores também agravaram a situação no país, além do regional. Em suma, domicílios de áreas rurais ou cuja pessoa responsável esteja desempregada apresentaram taxas mais elevadas de enfrentamento à fome.
Veja abaixo os fatores que tornaram o cenário ainda mais desafiador no país em 2021:
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