Lula afirma acreditar nas urnas e diz que momento pós-eleição servirá para a ‘reconciliação’ da população

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concedeu nesta quarta-feira (26) uma entrevista à “Rádio Mix” de Manaus, no Amazonas. Na ocasião, o chefe do Executivo, além de tornar a dizer que confia no resultado das urnas eletrônicas, disse que, após o pleito, será o momento de “reconciliação” da população.

“É uma eleição entre a manutenção da conquista da democracia no nosso país — da recuperação do regime democrático — e a continuidade da barbárie que representa o governo Bolsonaro. […]”, começou Lula ao se comparar com seu rival, o presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Ou o povo vai votar para continuar este país sendo um país civilizado, ou o povo vai votar na barbárie, que é o presidente Jair Bolsonaro. É isto o que está em jogo. E o povo vai decidir soberanamente”, disse Lula, completando que, em sua visão, o que o “povo decidir, todo mundo vai acatar”. “Nós não duvidamos da urna”, disse o petista.

Desde que assumiu o Executivo, Bolsonaro vem atacando não somente as urnas, mas processo eleitoral como um todo. O presidente costuma fazer acusações e ataques. Isso, sem ter apresentado nenhuma prova e ter tido todas as suas alegações desmentidas por órgãos oficiais.

Na entrevista, Lula foi questionado sobre como, caso vença as eleições, lidará com os apoiadores de Bolsonaro. Segundo o petista, “o bolsonarismo vai continuar”. “O ódio vai continuar por um tempo, os fanáticos vão continuar por um tempo, mas eu acho que a gente vai ter um processo de reconciliação da população brasileira”, relatou ele.

Por fim, Lula ainda relatou esperar que a disputa deste ano seja igual as outras quatro eleições que ele participou onde, depois do pleito, o político que perdia se preparava para a próxima eleição e quem ganhava governava.

“A gente disputava eleição, e quem perdia ia para casa lamentar e se preparar para a próxima eleição. Quem ganhava, começava a governar numa boa. Foi assim em 1989, 1994, 1998, 2006 e 2010”, finalizou o ex-chefe do Executivo.

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