Acabou na noite desta segunda-feira (10), após sete dias, o julgamento de Luís Felipe Manvailer, que foi condenado a 31 anos, 9 meses e 18 dias de reclusão pelo homicídio qualificado de sua então mulher, a advogada Tatiane Spitzner, em 2018.
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Não suficiente, Luís Felipe Manvailer também foi condenado a indenizar em R$ 100 mil os familiares de Spitzner, por danos morais. A decisão desta segunda (10) foi dada por sete jurados, todos homens. Eles foram sorteados no início do julgamento para compor o Conselho de Sentença.
Durante a leitura da sentença, o magistrado relembrou outros casos de feminicídios de repercussão nacional, como os casos de Ângela Diniz e Eloá Cristina, entre outros. A decisão ainda cabe recurso, o que será feito pela defesa. No entanto, importante destacar que o professor e biólogo não poderá recorrer da decisão em liberdade.
Condenado nega acusação
No domingo (09), o réu foi interrogado por onze horas e, durante sua fala, pediu perdão aos familiares de Tatiane, aos próprios parentes e às mulheres vítimas de violência no Brasil. Ele assumiu que agrediu a vítima. No entanto, reafirmou que não matou.
Relembre o caso de Tatiane Spitzner
Tatiane Spitzner foi encontrada morta no dia 22 em julho de 2018, depois de uma queda do quarto andar do prédio em que morava com Manvailer, em Guarapuava. Desde o começo da investigação, Luís Felipe Manvailer é o único suspeito pela morte da mulher.
A princípio, o julgamento foi marcado para dezembro de 2020, mas adiado pela defesa, o que ocorreu outras duas vezes: em janeiro e fevereiro de 2021.
De acordo com as investigações, depois da queda, ele levou o corpo de Tatiane para o apartamento, limpou vestígios de sangue no elevador, trocou de roupa e fugiu.
Ele foi encontrado pela polícia após bater o carro em uma rodovia em direção à fronteira com o Paraguai, a aproximadamente 340 quilômetros do local do crime. Ele está preso há dois anos e nove meses na Penitenciária Industrial de Guarapuava.
O professor sempre negou o crime e diz que Tatiane morreu ao cair da sacada. No entanto, o Instituto Médico Legal (IML) chegou a emitir um laudo em que afirma que ela morreu ao ser esganada e antes de cair do prédio.
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