Depois de esperar algum tempo para poder fazer o anúncio oficial, Luís Castro finalmente foi apresentado como novo treinador do Botafogo. O treinador de 60 anos deixou o Al Duhail-QA e acertou com o novo clube de John Textor, investidor norte americano que comprou 90% da SAF do clube.
Dito isso, o treinador já chegou depois de alguns reforços, como os volantes Patrick de Paula e Luís Oyama, além do lateral direito Saravia e do atacante Victor Sá. Agora, mesmo ainda precisando buscar alguns reforços, o Bota começa a ter um time com mais cara de primeira divisão, o que não indica que a manutenção será fácil.
Aliás, o próprio Luís Castro ressaltou em sua apresentação que o objetivo inicial não é já brigar pelo título brasileiro, é desenvolver um projeto estruturado que, pouco a pouco, vá conquistando seu espaço e colocando o Botafogo onde ele merece. Ou seja, ele também pensa em infraestrutura quando fala assim. Confira um trecho de sua coletiva de apresentação:
“Não vamos esconder nada. Estamos com muitas dificuldades, não temos espaço para treinar, mas teremos que ganhar assim mesmo. Sou responsável por tudo que acontecer no Botafogo. Aceitei o clube como o clube está. Aceitei o investimento na estrutura. Não sabemos onde vamos treinar amanhã. Vamos lutar muito para ter melhorar. É fundamental ter um CT. Não podemos comprar um carro e não ter uma estrada para andar com ele. Vamos organizar rapidamente e andar uma zona mais turbulenta para depois andar melhor. O clube está bem organizado, tem que parabenizar o clube. Organização existe, mas a estrutura está velha”.
Luís Castro: mais um português no Brasil
É notória a presença de treinadores estrangeiros no futebol brasileiro atualmente. Depois do sucesso estrondoso de Jorge Jesus e, mais recentemente, de Abel Ferreira, o Brasil passou a olhar para o mercado português com outros olhos. No final do ano passado, por exemplo, o Flamengo foi atrás de outro português, assim como fizeram Corinthians e Botafogo, já em 2022.
Ou seja, dos 20 clubes presentes na Série A, 20% deles terão treinadores portugueses a frente dos clubes. Além disso, existem outros cinco treinadores também são estrangeiros, totalizando 9 equipes. Ou seja, quase metade das equipes é comandada por gringos. Torçamos para que Luís Castro ajude o Botafogo nessa nova etapa e faça parte da reestruturação de um dos clubes mais tradicionais do Brasil.