A Natura &Co encerrou o quarto trimestre de 2021 com um lucro líquido de R$ 695,4 milhões. Esse valor corresponde a um crescimento de 292% na comparação com o mesmo período de 2020. A saber, a Natura &Co é dona das marcas Natura, Avon, The Body Shop e Aesop.
Embora o lucro tenha crescido expressivamente, a receita líquida da companhia recuou 3% no quarto trimestre, para R$ 11,64 bilhões. Vale destacar que houve dois motivos principais para o forte resultado contábil no período: integração da Avon e ganhos de imposto de renda.
Em suma, a Natura &Co se beneficiou no trimestre com pagamentos antecipados de títulos de dívida que possuía. Além disso, a integração de Avon permitiu ganhos de sinergias de US$ 197 milhões no ano. Dessa forma, a companhia atingiu 50% do planejado para até 2024.
Apesar do resultado positivo, o desempenho no Brasil perdeu fôlego no final do ano passado. Isso ocorreu por causa da inflação bastante elevada, que afetou tanto a Natura quanto a Avon. Aliás, a segunda sofreu impactos mais expressivos do que a primeira.
“Natura, mesmo com queda de receita ante 2020, caiu menos que o setor e cresce ante 2019. Então, ainda ganhamos participação de mercado”, disse presidente da Natura &CO, Roberto Marques, em entrevista.
A Natura &Co também revelou que a operação da Avon no Brasil despencou 27,2% devido à adoção de um novo modelo comercial, segundo Marques. Ele afirmou que este modelo “levou a ajustes”, impactando o número de representantes no país, que despencou 18%. Nos outros países da América Latina, a queda foi quase duas vezes menor, de 9,7%.
Já a Natura registrou uma queda de 6,4% das consultoras brasileiras. Por outro lado, o número cresceu 6% nos outros países.
No ano passado, a operação destas duas marcas se destacou nos países hispânicos. Em resumo, as vendas da Natura cresceram 22,4% no quarto trimestre, mas a da Avon recuou 3,7%. Contudo, no acumulado anual, ambas tiveram resultados positivos, de 36,2% e 19,7%, respectivamente.
Em todo o ano passado, a receita líquida da Natura &Co somou R$ 40,16 bilhões, alta de 8,8%. Com isso, o prejuízo de R$ 650 milhões registrado em 2020 acabou revertido em lucro de R$ 1,05 bilhão.
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