Levantamento mostra que PIB do Sudeste foi o pior do Brasil no começo do ano

Um levantamento divulgado nesta quarta-feira (26) pela 4intelligence mostra que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou uma trajetória positiva no primeiro trimestre de 2023, mas, por outro lado, esconde grandes diferenças no desempenho setorial de cada uma das regiões do país. Conforme a pesquisa, no Sudeste, por exemplo, onde se concentra atualmente a maior parte da população, o crescimento foi de somente 0,6% no período quando se compara com os números referentes aos últimos três meses de 2022.

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Segundo o levantamento, esse foi o pior desempenho entre as regiões avaliadas e foi, ainda conforme a pesquisa, puxado, sobretudo, por conta do fraco desempenho da indústria, que recuou 1,27% no Sudeste no período em questão. Outro segmento no Sudeste que recuou foi o de serviços:  0,02% – em contrapartida, o setor da agropecuária teve uma alta expressiva de 9,23%.

Em entrevista ao portal “G1”, o economista-chefe da 4intelligence, Bruno Lavieri, relata que parte do desempenho mais fraco do Sudeste em comparação com as demais regiões pode ser explicado pela lenta trajetória de recuperação do segmento industrial. “Isso era mais ou menos esperado, afinal estamos falando de um ano de 2023 ainda com aperto monetário e recursos escassos. Então a indústria tende a sofrer mais, com [a recuperação] do segmento de bens duráveis sendo postergada”, afirma.

Ainda conforme o especialista, o quadro deve continuar a pesar no setor em 2023, principalmente diante do nível de juros ainda alto no país. Nesse sentido, o economista opina que os números devem ser um pouco melhores no setor industrial em 2024, justamente por conta do processo de afrouxamento monetário (redução das taxas de juros).

Diferentemente do Sudeste

Os resultados do Sudeste foram considerados baixos. Na contramão da região citada, o Centro-Oeste foi quem apresentou o maior crescimento nos três primeiros meses do ano, com uma alta de 5,2% na mesma relação. De acordo com a pesquisam o grande responsável por este número foi o setor agropecuário, que avançou 29,98%.

Atrás do Centro-Oeste ficaram as regiões Nordeste e Norte, que contaram com uma alta importante no agronegócio e também sentiram os bons resultados dos setores de indústria e serviços – as regiões tiveram uma alta de 5% e 4,9% no primeiro trimestre. Na somatória, o PIB do primeiro trimestre registrou uma alta de 1,9%, o que foi acima da projeção do mercado. Segundo a 4intelligence, a previsão é que o número total deste ano fique em 2% – para o ano que vem, a estimativa da organização é que o PIB brasileiro avance 1,5%.

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Alisson Ficher

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