Durante participação no início da vacinação drive-thru no estádio do Morumbi, na Zona Sul da capital, nesta terça-feira (2), o Governador do Estado de São Paulo, João Doria, disse que o estado está na pior semana desde o começo da pandemia do coronavírus Covid-19.
Segundo Doria, desde o início da pandemia, em 26 de fevereiro, não só São Paulo, como as outras cidades do estado, passam por um dos piores momentos, gerando uma preocupação de todos os prefeitos.
“Entramos na pior semana da Covid-19 da história da pandemia desde 26 de fevereiro. Isso não apenas em São Paulo, os demais estados também, eu tenho falado com governadores de outros estados. Há uma preocupação generalizada”
Diante da gravidade da Covid-19, Doria disse que neste momento nenhuma medida está descartada para evitar a propagação da doença, dentre elas o lockdown.
“Não se descarta nenhuma medida, desde que elas sejam embasadas pela ciência e pela saúde”
O estado de São Paulo registrou nesta terça o maior número de mortes por Covid-19 em 24h desde o início da pandemia, com 468 novos óbitos, segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde. Com os novos registros, o estado chegou a 60.014 mortes provocadas pela doença.
Nos últimos dias, o estado vem batendo recordes sucessivos de pacientes internados com quadros mais graves da doença. No sábado (27), o total de pacientes internados em UTI superou o valor de 7 mil pela primeira vez desde o início da pandemia.
Autoridades de saúde pedem medidas mais duras contra a Covid-19
Diante da piora da epidemia em todo país, autoridades e saúde e conselho de secretários pedem que medidas mais duras de restrição à circulação de pessoas sejam tomadas.
Para tentar conter o avanço da doença por meio dos jovens, que vinham participando de festas noturnas, no estado de São Paulo, começou a valer na sexta-feira (26) a restrição de circulação das 23h às 5h, batizada pela gestão João Doria (PSDB) de “toque de restrição”.
Secretário de Saúde diz que é contra o lockdown
Mesmo o governador de São Paulo falar sobre o lockdown, o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn é contra tão medida tão restritiva.
Para ele, o melhor a se fazer era suspender as aulas presenciais, tanto em escolas públicas, como particulares, visto que as crianças e jovens podem ser os grandes transmissores da doença para os grupos de risco.