Justiça torna diretor-geral da PRF réu por improbidade administrativa

José Arthur Diniz Borges, juiz da 8ª Vara Federal do Rio de Janeiro, aceitou nesta sexta-feira (25) uma ação proposta pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, tornando-o réu por improbidade administrativa.

Assim como publicou o Brasil123, no pedido, o MPF alegou que Silvinei Vasques fez uso indevido do cargo durante a campanha eleitoral deste ano. Na ocasião, a entidade listou situações ocorridas durante a campanha eleitoral em que, no entendimento dos membros do órgão, o diretor pediu votos irregularmente para o presidente Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com o MPF, Silvinei Vasques vinculou nos últimos meses, de forma constante, mensagens e falas em eventos oficiais, entrevista a meio de comunicação e rede social que o associavam à imagem da instituição PRF e ao presidente da República, que foi candidato à reeleição.

Na visão dos procuradores do MPF, constatou-se “a intenção clara de promover, ainda que por subterfúgios ou mal disfarçadas sobreposição de imagens, verdadeira propaganda político-partidária e promoção pessoal de autoridade com fins eleitorais”.

Ainda no pedido feito pelo MPF, o órgão lembrou da postagem de Silvinei Vasques nas redes sociais, na véspera da votação do segundo turno, em que o diretor da PRF, assim como publicou o Brasil123, pediu votos para Bolsonaro.

“Não é possível dissociar da narrativa desta inicial a possibilidade de que as condutas do requerido, especialmente na véspera do pleito eleitoral, tenham contribuído sobremodo para o clima de instabilidade e confronto instaurado durante o deslocamento de eleitores no dia do segundo turno das eleições e após a divulgação oficial do resultado pelo TSE”, argumenta o MPF.

Além disso, também destaca-se o inquérito aberto pela Polícia Federal (PF) que investiga uma blitz da PRF no dia do segundo turno da eleição. Na ocasião, contrariando determinação da Justiça, agentes comandados por Silvinei Vasques pararam ônibus que faziam transporte gratuito de eleitores, impedindo assim essas pessoas de votarem.

Em nota, a PRF afirmou que “acompanha com naturalidade a determinação de citação” de Silvinei Vasques, que entrou de férias um dia após o Ministério Público Federal ter o denunciado e pedido seu afastamento por 90 dias por conta das acusações.

Alisson Ficher

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