Moradores de Teolândia (BA) protestaram contra o cancelamento do ‘Festival da Banana’ na tarde desta sexta-feira (3). O fato ocorreu após a Justiça acatar o pedido do Ministério Público da Bahia para a suspensão do Festival, a ser realizado pela Prefeitura do município, entre os dias 4 a 13 de junho deste ano.
Nos vídeos e imagens do protesto que circulam pelas redes sociais, é possível ver um grupo de pessoas queimando pneus e derrubando árvores, o que causou o fechamento total do quilômetro 349 da BR-101. Em um dos vídeos divulgados, um homem, que não teve a identidade revelada, diz que o evento iria gerar cerca de 200 empregos diretos e mais de 500 indiretos.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal, às 17h a rodovia já havia sido liberada. A Prefeitura ainda não se manifestou sobre a decisão judicial.
Entenda a polêmica
Em uma decisão obtida exclusivamente pelo Brasil 123, a juíza Luana Martinez Geraci Paladino ponderou que o valor de R$2 milhões para a realização da festa era desproporcional com a situação econômica e social do município. Gusttavo Lima, uma das principais atrações do festival, embolsaria R$704 mil por apenas uma hora e meia de apresentação.
Teôlandia foi um dos municípios que mais sofreu com as fortes chuvas, em dezembro do ano passado, e a decisão nota que o valor gasto no Festival é maior do que àquele destinado às vítimas das enchentes – que foi de R$1,4 milhão. A magistrada, portanto, proibiu que a cidade repasse os valores dos cachês e decretou que a COELBA (Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia) “suspenda imediatamente o fornecimento de energia elétrica nos locais previstos para a realização dos shows”.
Em entrevista ao Estadão, via o site Giro em Ipiaú, a prefeita Rosa Batinga negou qualquer irregularidade e afirmou que não faltava dinheiro para o combate aos efeitos da chuva na região. Por enquanto, nem Gusttavo Lima e nem sua assessoria se pronunciaram sobre a decisão.
Segue abaixo decisão oficial (e completa) do juizado local:
Wesley Safadão e Xand Avião também estão na mira do MP
O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) acionou a Justiça, nesta última quarta-feira (1), para que ocorra a suspensão dos shows dos cantores Wesley Safadão e Xand Avião no festival Mossoró Cidade Junina. De acordo com o site Uol Splash, o órgão também solicitava que os cachês fossem bloqueados.
Wesley receberia R$600 mil e Xand R$400 mil para se apresentarem no festival do município de Mossoró, que retomará as atividades de forma presencial pela primeira vez desde 2019. Os valores, que seriam pagos pela Prefeitura, constavam no Diário Oficial do Município no dia 20 de abril.
Na ação civil pública, o MPRN orientou que esses valores fossem utilizados de forma a sanar o déficit na educação especial como, por exemplo, na contratação de profissionais capacitados para o município. Em nota, a Prefeitura de Mossoró afirmou que a alegação do Ministério não se sustentava, pois já tem funcionários capazes de lidar com alunos com deficiência.
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