Mãe e filho tiveram suas prisões preventivas decretadas pela Justiça do Rio de Janeiro na tarde de sexta-feira (10) por conta da suspeita de que eles estejam envolvidos na morte e tentativa de ocultação de cadáver da dubladora Christiane Louise de Paula.
Segundo a Justiça carioca, o pedido de prisão acontece com o intuito de manter a “ordem pública” e também por conta da “conveniência da instrução criminal”.
Além disso, para justificar a decisão, a Justiça dá outros detalhes de como Pedro Paulo Gonçalves Vasconcellos da Costa e da mãe dele, Eliane Gonçalves Vasconcellos da Costa, tentaram ocultar o corpo da dubladora.
Esses detalhes, afirma o texto, foram apurados a partir do depoimento de um motorista de aplicativo, que afirma que mãe e filho o chamaram para uma corrida que tinha como destino a Zona Oeste do Rio e Janeiro.
Segundo ele, que diz que não sabia que transportaria um cadáver, Pedro e Eliane argumentaram que o volume reservado em plásticos e lençóis se tratava de um despacho.
“As circunstâncias em que o crime foi praticado demonstram a altíssima periculosidade social dos réus”, disse a Justiça, que também destacou que, após a morte da dubladora, a dupla passou a “se comportar como proprietários do imóvel da vítima”, que morava em Ipanema, na Zona Sul da capital carioca.
A morte da dubladora
De acordo com a Polícia Civil, mãe e filho esconderam, em julho deste ano, dentro de um apartamento, por dois dias, o corpo da dubladora, que atuava na profissão desde 1994 e fazia, entre outras vozes, a da personagem Margarida, da Disney.
Conforme a Polícia Civil, quem matou a mulher foi Pedro, que era amigo de Christiane Louise há quatro anos – os dois se conheceram em uma clínica psiquiátrica, onde passaram por tratamento.
Ainda segundo a corporação, o suspeito estaria passando por crises e, por isso, passou a viver com a dubladora, pouco menos de um mês antes do crime.
À época do crime, o acusado, que contou com a ajuda da mãe para tentar ocultar o corpo da vítima, disse que cometeu o assassinato por legítima defesa, versão que o inquérito da polícia descartou.
Isso porque, conforme a entidade, a principal suspeita é a de que a motivação para o crime tenha sido “patrimonial”, visto que Pedro Paulo e a mãe pretendiam, segundo as investigações, se apoderarem dos bens de Christiane.
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