A Justiça do Rio de Janeiro autorizou o bloqueio de bens da G.A.S, empresa de Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como “faraó dos bitcoins”. O patrimônio pessoal do homem e de sua mulher, Mirelis Yoseline Diaz Zerpa, também foram bloqueados. O motivo: garantir que vítimas que investiram com eles sejam ressarcidas.
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Glaidson ficou milionário e teria, segundo as investigações, movimentado ao menos R$ 2 bilhões em uma empresa acusada de ter aplicado o golpe conhecido como “pirâmide”. Para fisgar as vítimas, o acusado prometia 10% de lucro em investimentos de clientes no mercado de criptomoedas.
A decisão da juíza Maria Cristina de Brito Lima, da 2ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, é chamada de arresto de bens e tem como objetivo garantir o pagamento de uma parte dos prejuízos que as vítimas tiveram.
“Concedo a tutela de urgência requerida, para determinar o arresto dos bens apreendidos no âmbito criminal, bem como o arresto on-line de toda e qualquer conta dos réus, medida esta última que será efetuada pelo gabinete do juízo, até o limite do valor dado à causa, ou seja, até o suficiente para o pagamento do capital investido pelos associados lesados da autora”, determinou ela em sua decisão.
Na ação, além de pedir o bloqueio dos bens, a Associação Nacional Centro da Cidadania em Defesa do Consumidor e Trabalhador (Acecont) também pediu para que a advogada Mônica Lemos seja responsabilizada por participar dos crimes.
Isso porque, de acordo com o documento, ela, que hoje é defensora da mulher do “faraó dos bitcoins”, afirmou para os ex-clientes da empresa que a companhia tinha dinheiro para quitar todas as dívidas. Apesar disso, a informação é que os valores que a Justiça conseguiu bloquear até o momento são insuficientes para cobrir os prejuízos dos clientes.
Relembre o caso do Faraó dos bitcoins
O MPF revelou no final de agosto do ano passado, assim como publicou o Brasil123 à época, que estava investigando se a empresa GAS Consultoria Bitcoin, companhia com o maior número de investidores na cidade de Cabo Frio, no Rio de Janeiro, vinha praticando golpes do tipo pirâmide financeira.
De acordo com o órgão, o foco era Glaidson Acácio, que prometia lucros de 10% por mês nos investimentos em criptomoedas. Todavia, no fim das contas, as pessoas que entraram no negócio acabaram com prejuízos enormes, pois o empresário ficava com o dinheiro para si, ou seja, não fazia nenhum investimento.
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