Justiça anula julgamento de suspeito de ter matado jovem em praça de Londrina (PR)

A condenação de Fernando Inácio Andrade, acusado de ter matado o jovem Hannan Silva em uma praça de Londrina, no Paraná, em outubro de 2019, foi anulada pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), informou o órgão nesta segunda-feira (23).

De acordo com o TJ, a decisão aconteceu após a defesa do acusado, e também um parecer do Ministério Público do Paraná (MP-PR), constatarem que o crime julgado não condizia com o de fato praticado.

Isso porque, para a defesa e o MP, o delito foi homicídio qualificado e furto e não de latrocínio, roubo seguido de morte, como foi definido em julgamento realizado no final do ano passado. Na decisão, Fernando Andrade havia sido condenado a 20 anos de reclusão pelo crime.

Agora, com a anulação do julgamento, o processo que julgará a morte de Hannan Silva voltará ao Tribunal do Júri de Londrina, que julgará o acusado pelo homicídio qualificado e furto, que têm penas menores. Hoje, Fernando Inácio está preso em uma unidade penitenciária de Curitiba, no Paraná.

Relembre o crime contra o jovem

Hannan foi morto em outubro de 2019. Na ocasião, a família da vítima estranhou que ele, que trabalhava em um cinema, e sonhava em ser jornalista, estava demorando para chegar em casa após o expediente.

Horas depois, os familiares de Hannan foram informados que o corpo do jovem havia sido encontrado por um morador de rua. Com a ajuda das câmeras de segurança, o suspeito foi identificado, confessou o crime e acabou preso.

Segundo o acusado, que à época tinha 21 anos, o crime aconteceu porque ele queria furtar o celular da vítima, avaliado em R$ 700, como suposta forma de pagamento. Isso porque, de acordo com o acusado, ele era dependente químico e sustentava o vício fazendo programas na praça.

Um desses programas aconteceu com Hannan, segundo o suspeito. Em dado momento, ele disse que começou a brigar com a vítima, que acabou morrendo, conforme a perícia realizada pelo Instituto de Criminalística, por estrangulamento. Segundo a Justiça, não há data para o novo julgamento.

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