O Tribunal de Justiça Militar de São Paulo aceitou a denúncia do Ministério Público (MPSP) contra 15 agentes da Polícia Militar (PM) de Campinas, no interior de São Paulo. De acordo com as informações, eles são investigados por coação, fraude, homicídio e outros crimes
Número de agentes da PM presos cresce 29% em SP
A informação foi publicada nesta terça-feira (21) pelo portal “G1”, que entrevistou o promotor de Justiça Militar Edson Correa Batista, que relatou que dos 15 acusados, dez estão presos. Os outros cinco estão respondendo pelos crimes em liberdade.
Segundo o promotor, a apuração foi realizada pela Corregedoria da PM. Isso, depois de uma delação que acabou culminando, em um primeiro momento, em novembro deste ano, na prisão de 11 policiais do 35º Batalhão de Polícia Militar do Interior (35º BPMI).
Na ocasião, além dos 11 agentes capturados, outros 50 foram afastados de suas funções acusados de terem “descumprido leis e desonerado as cores da farda histórica”. O inquérito teve, ao todo, 20 dias para ser concluído e, depois disso, foi submetido pelo MPSP à Justiça. O recebimento da denúncia foi assinado pelo juiz Ronaldo João Roth, antes do recesso o judiciário.
Crimes dos agentes da PM
De acordo com as informações, entre os acusados existem sargentos, cabos e soldados. Quando os agentes foram presos, a Justiça citou que foram constatadas “mortes de inocentes apenas com a intenção de satisfazer o desejo pessoal de liquidar pessoas, coagir testemunhas e fraudar locais de crime”.
Segundo Edson Correa Batista, dos 15 presos, um vai responder em liberdade porque teria tido uma participação menor nas ocorrências apuradas. Isso porque, de acordo com as investigações, ele cometeu o crime de prevaricação, que é quando um funcionário público tenta obter vantagens com o cargo que ocupa.
Por fim, o promotor relata que, durante as investigações foram constatados os seguintes crimes:
- Associação criminosa;
- Fraude processual;
- Invasão de dispositivo informático, de serviço e contra a ordem administrativa militar.
Não suficiente, os agentes também teriam cometido crimes previstos em legislação extravagante comum, como o de interceptação ilegal e porte ilegal de arma. As oitivas dos policiais devem acontecer em janeiro.
Leia também: Policial acusada de matar jovem visitou vítima no trabalho