Em participação no programa ‘Encontro’ desta segunda-feira (9), o jornalista da Globo Gabriel Luiz chora e conta mais detalhes das facadas que recebeu em uma tentativa de latrocínio. O repórter se emocionou com uma homenagem de seus colegas de trabalho e disse que não pretende voltar a morar em seu antigo apartamento – o crime ocorreu exatamente em frente ao prédio que residia.
Jornalista Gabriel Luiz chora ao lembrar de facadas
O repórter, que recebeu alta recentemente, admite que tem receio de algo parecido voltar a acontecer: “Aquelas imagens, aquela cena, passou tanto na minha cabeça que, às vezes, eu fico assustado mesmo. Eu estou na casa da minha família, não quero mais voltar no lugar onde eu estava. Já sabia, meu endereço”, explica. O repórter diz que não foi a primeira vez que se sentiu ameaçado em casa, já que recebeu dossiês e encomendas suspeitas. “Tudo leva a eu não voltar mais lá pra perto. Tenho gratidão pelo que eu vivi, mas a minha vontade é de ficar mais recluso mesmo”, relata.
Ademais, a equipe do DF1, jornal local onde Gabriel Luiz trabalha, preparou uma homenagem especial para o repórter, com uma série de depoimentos e mensagens carinhosas. “Estou com muita saudade. Um abraço e um beijo enorme pro pessoal do DF1. É continuar e se segurar, sem perder o tônus. Eu falava comigo mesmo: ‘Gabriel, aguenta o tranco que, se não, não vai dar'”, diz, chorando com o carinho recebido pelos amigos.
Gabriel diz que pratica defesa pessoal, mas não conseguiu pensar em reagir na hora que foi vítima do crime. “Eu não tinha, na hora, a dimensão de tudo o que tinha acontecido. Na hora eu não percebi que era um assalto, ele me pegou pelo pescoço e eu achava que era alguém brincando. Eu faço krav magá, nem pensei em agir na hora, porque imaginei que era alguém doido brincando. Aí ele começou a esfaquear e eu vi que era sério”, detalha.
Apoio
No entanto, mesmo com a gravidade da situação, Gabriel Luiz diz que não ensopou que poderia morrer. “Alguma coisa dentro de mim dizia: ‘Eu não vou morrer aqui, não é agora’. Alguma coisa do universo alinhou tudo para que tudo desse certo. Os vizinhos cuidaram de mim, os bombeiros chegaram logo, e eu fui atendido pelos melhores médicos. (…) Veio tanta mensagem de carinho de todo lugar do Brasil. Tanta gente torcendo por mim, gente que eu sequer conhecia. Queria agradecer a torcida, cada um fez toda a diferença”, conclui, emocionado.