Japão fecha fronteiras a estrangeiros para frear covid
O Japão anunciou neste sábado (26) que não permitirá que estrangeiros entrem no país a partir da próxima segunda-feira (28) para conter a disseminação da Covid-19. A medida estará em vigor pelo menos até o final de janeiro.
De acordo com o governo local, os cidadãos japoneses e estrangeiros residentes no Japão terão permissão para retornar ao país. Os casos de covid-19 continuam a aumentar no arquipélago. São 3.823 novos contágios nas últimas 24 horas, com 50 mortes. Conforme dados oficiais, o número total da epidemia no país é de 214.259 infecções, com 3.165 vítimas.
O que preocupa acima de tudo são os últimos desenvolvimentos da variante inglesa do vírus diagnosticado na última sexta-feira (25) pela primeira vez no Japão. Cinco pessoas portadoras do vírus altamente contagioso descoberto na Inglaterra desembarcaram nos aeroportos de Osaka e Tóquio vindos da Grã-Bretanha.
O Ministério da Saúde japonês informou ainda que dois outros indivíduos foram infectados dentro da mesma família. Já neste sábado, o governo contou mais dois novos casos da nova cepa.
O primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, pediu à população para reduzir as viagens em conjunto com o início dos feriados festivos. No Japão, as comemorações coincidem com o início do novo ano no ocidente.
Pela primeira vez desde o início da pandemia, as autoridades de saúde de Tóquio elevaram o nível de emergência ao mais alto nível de alerta. Dessa forma, os restaurantes, bares e karaokês da cidade devem fechar às 22h até a segunda quinzena de janeiro.
Trabalho no Japão
Apesar das medidas para conter o vírus, a companhia aérea japonesa Skymark prepara-se para introduzir a curta semana de trabalho com quatro dias de presença para colaboradores no escritório a partir de março. A iniciativa permite a manutenção do seu emprego num contexto que se torna cada vez mais crítico para o setor de transporte de avião.
De acordo com a imprensa japonesa, a Skymark, a primeira companhia aérea a apresentar tal medida, vai aprovar uma cláusula que afeta todos os funcionários, além dos empregados que têm filhos pequenos ou pais idosos para cuidar.