‘Irresponsabilidade tomou conta do país em 2022’, diz Fernando Haddad sobre política econômica de Bolsonaro

Fernando Haddad (PT), novo ministro da Fazenda, disparou contra a política econômica adotada pela gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sobretudo em 2022, ano em que o ex-chefe do Executivo pretendia ser reeleito, o que não aconteceu, visto que ele acabou sendo derrotado no segundo turno das eleições para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Nesta terça-feira (03), em entrevista ao canal “TV 247”, Fernando Haddad relatou que, com a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, o governo Lula deve anunciar nos próximos dias inúmeras medidas econômicas para o país ainda no primeiro trimestre. Vale lembrar que o Executivo deve apresentar até o meio do ano uma nova âncora fiscal por conta da PEC, criada para que seja possível o cumprimento de promessas feitas na campanha eleitoral.

“Nós temos um trimestre para anunciar as medidas necessárias para colocar a economia brasileira no rumo certo. A partir de abril, com as comissões instaladas na Câmara e no Senado, podemos endereçar as mudanças estruturais que o Brasil precisa”, explicou o ministro, que ainda listou os motivos do mercado estar reagindo tão fortemente a diversas declarações dadas pelo presidente Lula.

De acordo com Fernando Haddad, em sua visão, a culpa disso é de Bolsonaro, que teria cometido uma “irresponsabilidade” em 2022 durante as eleições. “Está caindo a ficha do mercado de que a irresponsabilidade tomou conta do país em 2022. As pessoas não se davam conta e não fizeram conta que o Bolsonaro usava 3% do PIB, 1,5% de aumento de despesa e 1,5% de renúncia fiscal para produzir o efeito que ele pretendia durante o processo eleitoral. E o juros subiu de 2% para 13,75%. Esse é o grande legado do Bolsonaro”, concluiu.

Por fim, Fernando Haddad ainda relatou que o governo Lula pretende apressar a proposta da reforma tributária. Segundo ele, o tema deve ser discutido até abril deste ano. “Ainda nem tem comissão especial. […] Em março, ainda faremos ajustes. Em abril, a gente volta a discutir”, relatou ele sobre o texto, que foi apresentado pelo deputado Baleia Rossi (MDB) e propõe mudanças para simplificar a cobrança de impostos no país, sem prever a redução de carga tributária.

Leia também: Equipe de Lula mapeia para trocar indicados de Bolsonaro em cargos com acesso a investigações e dados sigilosos

Alisson Ficher

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