O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) de 30 de abril deste ano variou 0,23%, ficando 0,16 ponto percentual (p.p.) menor que a última taxa divulgada, de 0,39%. Com o acréscimo deste resultado, a inflação medida pelo IPC-S acumula avanço expressivo de 6,54% nos últimos 12 meses.
A saber, a Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta segunda-feira (3). De acordo com os dados disponibilizados, três das oito classes de despesa pesquisadas desaceleraram no período e puxaram o IPC-S pra baixo.
Em resumo, o principal recuo veio novamente do grupo transportes, cuja taxa passou de 0,77% para -0,13%. Nesse caso, vale ressaltar a o comportamento do item gasolina, que emendou a terceira queda seguida (2,26% para -0,62%).
Da mesma forma, os grupos habitação (0,53% para 0,31%) e despesas diversas (0,36% para 0,27%) também caíram nesta atualização. Ambos os grupos foram puxado pra baixo pelos itens: tarifa de eletricidade residencial (-0,09% para -0,45%) e despachante (0,00% para -0,32%).
Em contrapartida, os seguintes grupos desaceleraram na semana: comunicação (0,36% para 0,66%), vestuário (-0,04% para 0,19%), saúde e cuidados pessoais (1,00% para 1,07%), alimentação (0,28% para 0,32%) e educação, leitura e recreação (-0,76% para -0,75%).
Estes grupos aceleraram graças à alta de: combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,72% para 1,50%), calçados infantis (0,11% para 0,84%), medicamentos em geral (1,77% para 2,35%), hortaliças e legumes (-3,69% para -2,26%) e livros não didáticos (-0,32% para 0,05%)
Entenda o IPC-S
Em resumo, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) apresenta o cálculo da variação de preços de produtos e serviços em sete capitais do Brasil: Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
Dessa forma, há um acompanhamento semanal da evolução de preços de maneira quadrissemanal, cujas datas de fechamento são 7, 15, 22 e 30 de cada mês. Aliás, para o cálculo da inflação, o IPC-S considera as últimas quatro semanas antes da divulgação dos dados.
Por exemplo, o resultado divulgado ontem (3) teve fechamento no último dia 30. Dessa maneira, para alcançá-lo, o cálculo considerou as quatro semanas de abril. Assim, os próximos dados divulgados, em 10 de maio, irão considerar as três últimas semanas de abril e a primeira de maio. E assim por diante.
Em síntese, o indicador reflete o custo de vida das famílias que possuem renda mensal de 1 a 33 salários mínimos. Além disso, os dados pesquisados no IPC-S ajudam a definir reajustes salariais e contratos de alugueis.
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