Nesta terça-feira (7), a Organização Mundial de Saúde (OMS) fez um apelo por mais proteção contra Covid-19 para crianças de 5 a 14 anos, que fazem parte da parcela da população proporcionalmente mais afetada pelo novo coronavírus na Europa.
Para evitar que as salas de aula sejam fechadas novamente durante a nova onda de infecções pelo coronavírus, a direção regional da OMS na Europa recomenda a ampliação da testagem nas escolas, a vacinação de crianças em idade escolar, além do uso de máscaras de proteção e melhor ventilação nas salas de aula.
“O uso de máscaras de proteção e a ventilação das salas, assim como a realização frequente de testes de diagnóstico, devem ser a regra em todas as escolas primárias”, disse o diretor regional da OMS, Hans Kluge, durante entrevista coletiva online. “A vacinação de crianças deve ser discutida e considerada em nível nacional, a fim de proteger as escolas”, acrescentou o representante da OMS.
Segundo a entidade, os casos de Covid-19 aumentaram em todas as faixas etárias na Europa, “com as taxas mais altas observadas, atualmente, entre as crianças de 5 a 14 anos”. “Não é incomum hoje ver uma taxa de incidência duas a três vezes maior da Covid-19 em crianças pequenas do que na população total”, afirmou Kluge.
OMS diz que objetivo na Europa é frear a variante Delta da Covid-19
Apesar de defende a vacinação como principal ferramenta no combate à Covid-19, a OMS acredita que a vacinação obrigatória deve ser o “último recurso absoluto”, sendo adotada apenas depois que todas as opções para aumentar os índices de imunização da população tenham sido esgotadas.
A detecção da variante Ômicron na Europa causa preocupação na OMS, entretanto, a prioridade atual continua sendo o de conter a variante Delta, predominante no continente. “A ômicron está em ascensão e existem motivos para estarmos preocupados e cautelosos. Mas o problema, agora, é a delta. O sucesso que tivermos contra a delta, hoje, será uma vitória contra a ômicron amanhã, antes que os casos da nova variante aumentem de forma maciça”, concluiu Kluge.