Realidade em outros países, sobretudo da Europa, os autotestes para a Covid-19 deverão ser aprovados nos próximos dias pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), dando a oportunidade para que as pessoas saibam, de casa, se estão ou não contaminadas pelo vírus. De acordo com informações do canal “Globo News”, a liberação está em processo acelerado e deve sair nos próximos dias.
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Ainda segundo o canal, a Anvisa tem feito um documento com regras para aprovar a medida. Nesse sentido, informaram pessoas envolvidas nesses trâmites, as normas devem ser aprovadas e publicadas muito em breve pela equipe técnica responsável.
Como o nome já diz, esses autotestes são feitos pelo próprio paciente, uma prática que hoje não é liberada no Brasil devido às políticas formuladas pelo ministério da Saúde. No entanto, especialistas da Anvisa preparam um documento que visa a liberação da prática, muito por conta da explosão de casos da nova variante do vírus, a Ômicron.
Segundo a “GloboNews”, reuniões entre representantes da agência e Rodrigo Cruz, secretário executivo do Ministério da Saúde, estão sendo feitas e a tendência é que a pasta dê o sinal verde para a liberação.
Para um representante da Anvisa ouvido pela emissora, “as regras são necessárias para garantir a segurança, qualidade e eficácia do produto para a população”. “Esse documento também regulamentará a notificação dos casos nos sistemas públicos de saúde, para evitar casos de subnotificados e para fins de controle da pandemia”, disse essa pessoa.
Autoteste hoje é proibido
Atualmente, uma resolução do Ministério da Saúde proíbe que sejam realizados autotestes para doenças infectocontagiosas de notificação compulsória, ou seja, as pessoas não podem averiguar, de casa, se está ou não contaminada pela Covid-19, por exemplo. É exatamente isso que tem sido revisto pela Anvisa e pela pasta.
Como justificativa para a liberação, membros da agência dizem que o “autoteste é uma abordagem mais simples” que pode ajudar em tempos de explosão de casos da Covid-19. No entanto, o órgão relata que o “teste não dispensará os cuidados necessários” e, por isso, “todo o trabalho em conjunto para criar novas regras seguras”.
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