Inflação nos Estados Unidos volta a ficar acima do esperado em junho

inflação nos Estados Unidos cresceu 0,9% em junho deste ano, quando comparada a maio. A taxa ficou 0,3 ponto percentual (p.p.) maio que a registrada no mês anterior (0,6%). Além disso, superou em 0,4 p.p. as projeções de economistas, que indicavam variação de 0,5% no mês.

Com o acréscimo deste resultado, a inflação nos EUA passa a acumular avanço expressivo de 5,4% nos últimos 12 meses. A saber, este é o maior crescimento anual desde agosto de 2008, ou seja, há quase 13 anos que a inflação norte-americana não ficava tão alta em 12 meses. A propósito, a taxa também supera as estimativas de analistas, que esperavam um avanço de 5,0% no período.

Departamento do Trabalho dos Estados Unidos divulgou os dados nesta terça-feira (13). Aliás, o resultado reflete em parte as quedas registradas pela inflação nas leituras realizadas no ano passado, quando o mundo começou a enfrentar a pandemia da Covid-19.

Ao mesmo tempo, o núcleo do índice, que exclui preços de alimentos e energia, também teve forte alta em junho. Esse indicador possui bastante importância na tomada de decisões do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA. Em suma, o núcleo avançou 0,9% em junho e 4,5% nos últimos 12 meses, superando as projeções de 0,5% e 4,0%, respectivamente, de economistas.

Impacto da alta da inflação na política monetária dos EUA

Como era de se esperar, a elevação da inflação dos EUA provocou impacto imediato na política monetária do país. Isso porque os dados divulgados podem pressionar o Fed a modificar a política monetária praticada nos EUA atualmente.

Em resumo, uma inflação mais alta tende a significar também um padrão de vida mais elevado da população. Por isso, o Fed pode elevar os juros de referência do país, com a intenção de controlar a inflação. Ao mesmo tempo, muitos receiam que o banco pare de injetar estímulos na economia norte-americana.

Vale ressaltar que o Fed afirmou acreditar que a elevação da inflação é transitória e que a alta de juros e o fim dos estímulos só ocorrerão quando houver indícios significativos de uma melhora robusta da economia americana. E isso ainda não aconteceu, segundo o Fed.

Leia Mais: Volume de serviços cresce em maio e volta ao nível pré-pandemia

Ruan Samarone

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