Inflação no Brasil vai desacelerar, mas juros continuarão subindo

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse nesta quarta-feira (23) que o pico da inflação no país deve ser atingido em abril. Após esse período, a taxa inflacionária deverá desacelerar, segundo o presidente do BC.

“Falando em inflação brasileira, vamos chegar no pico em abril e voltar a cair. A gente estima que o número [de inflação] de curto prazo seja um pouco mais alto do que a gente tinha imaginado anteriormente, do próximo mês”, disse Campos Neto em evento promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

De acordo ele, a atuação do BC em elevar rapidamente o juro básico da economia para combater o avanço da inflação está mostrando resultados. A saber, o Comitê de Política Monetária do BC promoveu o nono aumento consecutivo da taxa Selic na semana passada. Isso fez a taxa básica de juros chegar ao maior patamar no país desde abril de 2017.

Campos Neto ainda disse que diversos países continuam afirmando que a inflação é temporária, apesar de a elevação dos preços já ter contaminado os núcleos. Segundo ele, o maior desafio para as nações é “fazer política monetária em um ambiente com tanta incerteza”.

Consumidor segue com menos poder de compra

Inflação é o nome dado ao aumento dos preços de produtos e serviços. Ela é calculada pelos índices de preços, comumente chamados de índices de inflação”, diz o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Uma inflação mais elevada reflete o aumento do custo de vida da população. Em outras palavras, as pessoas precisam pagar mais caro para adquirir um produto ou serviço. Contudo, isso deverá começar a mudar em maio, quando a inflação assumirá uma trajetória de desaceleração.

Isso quer dizer que os brasileiros começarão a pagar um pouco mais barato por itens e serviços. Por outro lado, a elevação da taxa de juro da economia impulsiona os demais juros do país, como o bancário e o imobiliário. Assim, o consumidor sofre com a redução do poder de compra, uma vez que o crédito fica mais caro.

Em resumo, os preços desaceleram, mas os juros disparam. Dessa forma, as pessoas passam a pagar mais barato por itens e serviços, mas gastam mais com empréstimos, financiamentos e taxas bancárias, por exemplo. O melhor a se fazer é analisar opções para economizar.

Leia Mais: Governo zera alíquota de importação de café, açúcar, óleo de soja e etanol

Ruan Samarone

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