Inflação na zona do euro atinge maior valor desde novembro de 2011

A zona do euro encerrou agosto com uma inflação bastante elevada. A saber, o acumulado da taxa nos últimos 12 meses saltou de 2,2% em julho para 3,0% em agosto. Esse é o maior patamar para a taxa desde novembro de 2011, ou seja, em quase dez anos.

Em resumo, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu em 0,4% na comparação com julho. O avanço veio em linha com as estimativas preliminares da agência de estatísticas da União Europeia, a Eurostat. Aliás, a agência confirmou os dados nesta sexta-feira (17).

A zona do euro é formada atualmente por 19 países do continente europeu: Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Holanda e Portugal. E o resultado da inflação na zona do euro consiste na média da inflação de todas estas economias no mês.

Inflação cai na comparação mensal

De acordo com a Eurostat, a inflação acumulada na zona do euro em 12 meses cresceu, principalmente, por causa do aumento dos preços da energia. Na verdade, a recuperação econômica global vem impulsionando os custos da energia nos últimos meses. Inclusive, o avanço na zona do euro também é resultados de fortes altas dos alimentos e de bens industriais, segundo a Eurostat.

O Banco Central Europeu (BCE) vem elevando as projeções para a inflação na zona do euro repetidas vezes. A ideia de que não haverá mudanças na política monetária adotada na zona do euro fica cada vez mais frágil. A saber, analistas já elevam para uma máxima entre 3,5% e 4,0% a inflação na zona até o final do ano.

Por fim, o núcleo dos preços saltou de 0,9% em julho para 1,6% em agosto, no acumulado de 12 meses. A saber, esse núcleo exclui preços voláteis de alimentos e combustíveis.

Em julho, o BCE havia afirmado que esse não é um tipo de inflação que requeira mudanças na política monetária praticada. Por isso, acreditava que os juros deveriam continuar muito baixos por anos, bem como os custos de empréstimos. Resta saber se esse pensamento se manterá até o final do ano.

Leia Mais: Monitor do PIB brasileiro cresce 0,6% em julho, aponta FGV

Ruan Samarone

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