Inflação medida pelo IPC-S acumula alta de 8,95% em 12 meses

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) de 30 de agosto deste ano variou 0,71%, ficando 0,04 ponto percentual abaixo da última taxa (0,75%). Com o acréscimo deste resultado, a inflação medida pelo IPC-S nos últimos 12 meses recuou de 8,99% para 8,95%, mas continua bastante expressiva no período.

A saber, a Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta quarta-feira (1º). De acordo com os dados disponibilizados, três das oito classes de despesa pesquisadas registraram decréscimo em suas taxas e puxaram o IPC-S pra baixo.

Em resumo, o principal impactou veio novamente do grupo habitação (0,99% para 0,59%), puxado mais uma vez pelo item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa recuou de 2,79% para 0,93%.

Da mesma forma, também desaceleraram no mês os grupos transportes (0,78% para 0,69%) e despesas diversas (0,20% para 0,18%). Os respectivos itens puxaram as taxas para baixo: gasolina (1,58% para 1,14%) e serviços bancários (0,24% para 0,15%).

Em contrapartida, houve aceleração da inflação em cinco grupos em agosto: educação, leitura e recreação (0,65% para 1,03%), comunicação (-0,13% para 0,05%), vestuário (0,20% para 0,38%), alimentação (1,17% para 1,25%) e saúde e cuidados pessoais (0,45% para 0,49%).

Os principais itens que puxaram esses grupos pra baixo foram: passagem aérea (3,98% para 7,25%), tarifa de telefone móvel (0,08% para 0,34%), relógios e bijuterias (-0,03% para 0,32%), óleos e gorduras (0,60% para 1,23%) e medicamentos em geral (0,09% para 0,28%).

Entenda a metodologia do indicador

Em resumo, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) apresenta o cálculo da variação de preços de produtos e serviços em sete capitais brasileiras. São elas: Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

Dessa forma, há um acompanhamento semanal da evolução de preços de maneira quadrissemanal, cujas datas de fechamento são 7, 15, 22 e 30 de cada mês. Aliás, para o cálculo da inflação, o IPC-S considera as últimas quatro semanas antes da divulgação dos dados, por isso a atualização é quadrissemanal.

Por exemplo, o resultado divulgado hoje teve fechamento no último dia 30. Dessa maneira, para alcançá-lo, o cálculo considerou todas as semanas de agosto. Assim, os próximos dados divulgados em 8 de setembro irão considerar as três últimas semanas de agosto e a primeira de setembro. E assim por diante.

Em síntese, o indicador reflete o custo de vida das famílias que possuem renda mensal de 1 a 33 salários mínimos. Além disso, os dados pesquisados no IPC-S ajudam a definir reajustes salariais e contratos de alugueis.

Leia Mais: Conheça as ações do Ibovespa que mais subiram em agosto

Ruan Samarone

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