Inflação medida pelo IPC-S acumula alta de 8,76% nos últimos 12 meses

Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) de 30 de julho deste ano variou 0,92%, ficando 0,02 ponto percentual acima da última taxa (0,90%). Com o acréscimo deste resultado, a inflação medida pelo IPC-S nos últimos 12 meses passou de 8,73% para 8,76%, e segue bastante expressiva.

A saber, a Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta segunda-feira (2). De acordo com os dados disponibilizados, quatro das oito classes de despesa pesquisadas aceleraram na quadrissemana e puxaram o IPC-S pra cima.

Em resumo, o principal avanço veio novamente do grupo habitação (1,77% para 2,09%). Mais uma vez o grupo foi puxado pelo item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa subiu de 6,28% para 7,80%. E os brasileiros continuarão pagando mais caro para ter energia elétrica em casa em agosto.

Também aceleram nesta atualização os grupos transportes (0,74% para 0,85%), alimentação (0,70% para 0,78%) e saúde e cuidados pessoais (-0,06% para 0,00%). Os destaques para estes grupos foram gasolina (1,47% para 1,85%), hortaliças e legumes (-3,94% para -0,17%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (0,96% para 1,22%).

Em contrapartida, houve desaceleração na inflação de três grupos: educação, leitura e recreação (2,37% para 1,42%), vestuário (0,20% para 0,08%), comunicação (0,00% para -0,09%) e despesas diversas (0,14% para 0,05%).

A propósito, os grupos foram puxados pra baixo, respectivamente, pelos seguintes itens: passagem aérea (22,46% para 13,11%), roupas masculinas (0,76% para 0,31%), mensalidade para TV por assinatura (-0,16% para -0,38%) e tarifa postal (0,75% para 0,00%).

Entenda a metodologia do indicador

Em resumo, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) apresenta o cálculo da variação de preços de produtos e serviços em sete capitais brasileiras. São elas: Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

Dessa forma, há um acompanhamento semanal da evolução de preços de maneira quadrissemanal, cujas datas de fechamento são 7, 15, 22 e 30 de cada mês. Aliás, para o cálculo da inflação, o IPC-S considera as últimas quatro semanas antes da divulgação dos dados, por isso a atualização é quadrissemanal.

Por exemplo, o resultado divulgado hoje teve fechamento no último dia 30. Dessa maneira, para alcançá-lo, o cálculo considerou as quatro semanas de julho. Assim, os próximos dados divulgados em 7 de agosto irão considerar as três últimas semanas de julho e a primeira de agosto. E assim por diante.

Em síntese, o indicador reflete o custo de vida das famílias que possuem renda mensal de 1 a 33 salários mínimos. Além disso, os dados pesquisados no IPC-S ajudam a definir reajustes salariais e contratos de alugueis.

Leia Mais: Confiança empresarial sobe pelo quarto mês seguido, aponta FGV

Ruan Samarone

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