Inflação medida pelo IPC-S acelera na semana, aponta FGV

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) de 15 de setembro este ano variou 1,10%, ficando 0,19 ponto percentual acima da última taxa (0,91%). Com o acréscimo deste resultado, a inflação medida pelo IPC-S nos últimos 12 meses avançou de 9,04% para 9,25%.

A saber, a Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta quinta-feira (16). De acordo com os dados disponibilizados, cinco das oito classes de despesa pesquisadas tiveram aceleração em suas taxas e impulsionaram o IPC-S na quadrissemana.

Em resumo, o principal impactou veio novamente do grupo habitação (1,13% para 1,77%), cuja taxa acelerou mais uma vez devido à tarifa de eletricidade residencial, que subiu 2,15% para 4,48%.

Da mesma forma, os seguintes grupos também aceleraram no mês: transportes (0,89% para 1,17%), educação, leitura e recreação (1,42% para 1,71%), comunicação (0,11% para 0,22%) e vestuário (0,20% para 0,34%). Os respectivos itens impulsionaram as taxas dos grupos: gasolina (1,68% para 2,33%), passagem aérea (10,76% para 13,23%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (-0,01% para 0,37%) e roupas infantis (0,31% para 1,19%).

Por outro lado, os grupos alimentação (1,25% para 1,09%), saúde e cuidados pessoais (0,50% para 0,40%) e despesas diversas (0,33% para 0,27%) recuaram na quadrissemana. Os itens hortaliças e legumes (3,30% para 1,19%), artigos de higiene e cuidado pessoal (1,18% para 0,76%) e alimentos para animais domésticos (1,03% para 0,61%) puxaram a taxa pra baixo, respectivamente.

Entenda a metodologia do indicador

Em resumo, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) apresenta o cálculo da inflação de preços de produtos e serviços em sete capitais brasileiras. São elas: Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

Dessa forma, há um acompanhamento semanal da evolução de preços de maneira quadrissemanal, cujas datas de fechamento são 7, 15, 22 e 30 de cada mês. Aliás, para o cálculo da inflação, o IPC-S considera as últimas quatro semanas antes da divulgação dos dados, por isso a atualização é quadrissemanal.

Por exemplo, o resultado divulgado hoje teve fechamento na véspera. Dessa maneira, para alcançá-lo, o cálculo considerou as duas últimas semanas de agosto e as duas primeiras de setembro. Assim, os próximos dados divulgados em 23 de setembro irão considerar a última semana de agosto e as três primeiras de setembro. E assim por diante.

Em síntese, o indicador reflete o custo de vida das famílias que possuem renda mensal de 1 a 33 salários mínimos. Além disso, os dados pesquisados no IPC-S ajudam a definir reajustes salariais e contratos de alugueis.

Leia Mais: Inflação continua mais alta para os mais pobres, aponta Ipea

Ruan Samarone

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