Inflação global ’empurra’ mais de 71 milhões para a pobreza, diz ONU

A inflação global continua afetando diversos países nos últimos tempos. A saber, a pandemia da covid-19 afetou as cadeias mundiais de suprimentos, impulsionando os preços de diversos produtos. E isso ficou ainda mais grave com a guerra entre Rússia e Ucrânia, grandes produtores e exportadores de commodities.

Em meio a esse cenário, mais de 71 milhões de pessoas de países em desenvolvimento acabaram”empurradas” para a pobreza. Pelo menos é o que aponta o novo relatório publicado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) nesta semana.

De acordo com o administrador do Pnud, Achim Steiner, a pesquisa analisou o aumento dos preços das principais commodities em 159 países em desenvolvimento. E os locais que mais estão sofrendo são a África Subsaariana, os Bálcãs e a Ásia, segundo o estudo.

“Altas de preços sem precedentes significam que, para muitas pessoas ao redor do mundo, a comida que eles podiam comprar ontem não está mais ao alcance hoje. Esta crise do custo de vida está levando milhões de pessoas à pobreza e até mesmo à fome a uma velocidade de tirar o fôlego”, disse Steiner.

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Países vêm tentando segurar inflação

Segundo o relatório do Pnud, os países em desenvolvimento estão tentando reduzir os impactos da inflação elevada. Em resumo, as principais ações dos países consistem em restringir o comércio, reduzir os impostos e subsidiar os gastos com energia. Além disso, os países também promovem transferências diretas de renda para os mais pobres.

Embora essas medidas possam ajudar a melhorar a situação atual das nações, os subsídios à energia, especificamente, deverão incentivar a desigualdade a longo prazo, afirma o autor do relatório, George Gray Molina. “Eles oferecem algum alívio como um ‘band-aid’ imediato, mas podem causar dano pior ao longo do tempo”, afirmou.

Em suma, esse tipo de subsídio beneficia as pessoas mais ricas. Por outro lado, as transferências de renda costumam ser dirigidas aos 40% mais pobres, diz o relatório.

“Dinheiro nas mãos das pessoas que estão sofrendo mais com as astronômicas altas de preços dos alimentos e combustíveis terão um amplo impacto positivo”, afirmou Molina.

Leia também: Preço da gasolina cai 9% na semana para menor valor em 2022

Ruan Samarone

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