Os brasileiros são apaixonados por futebol. Quando a Copa do Mundo se inicia, as ruas ficam tomadas por pessoas vestindo a camisa da seleção. Algumas repartições públicas chegam a promover horários especiais de trabalho nos dias em que o Brasil joga para que os servidores não percam a partida de futebol.
Nesses dias, muita gente costuma reunir a famílias e os amigos para fazer um churrasco enquanto assistem ao jogo. Contudo, essa prática muito comum aos brasileiros deverá pesar no bolso bem mais que o esperado em 2022. Isso porque a inflação de diversos produtos disparou nos últimos anos.
De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que representa a inflação oficial do Brasil, o contrafilé ficou 13,18% mais caro nos últimos 12 meses encerrados em maio. A saber, o corte, bastante presente nos churrascos, estará mais salgado neste ano. Por isso, os brasileiros que sofrem com pressão alta poderão passar mal com o item.
Aliás, na comparação com 2018, quando ocorreu a última edição da Copa do Mundo, a carne vermelha subiu 76,79%. Em outras palavras, a população terá que gastar quase duas vezes mais em 2022 para comprar a proteína que em 2018.
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No churrasco, outro item que não falta é a cerveja. Entre maio de 2021 e maio de 2022, o item ficou 11% mais caro, segundo uma pesquisa realizada pela Nielsen e publicada pelo jornal Folha de S.Paulo. Nesse caso, a inflação do produto não variou tanto em relação a 2018, e os brasileiros só terão que gastar 17,37% a mais que na Copa do Mundo anterior.
Muita gente também aproveita a competição esportiva para trocar a televisão por uma maior e mais moderna. No entanto, de agosto de 2018 a julho deste ano, o preço do aparelho subiu 17,76%.
Embora esse avanço não pareça muito expressivo, vale destacar as variações registradas nas edições anteriores da Copa do Mundo. Em 2018, a TV registrou uma queda de 3,98% em relação à Copa de 2014. Os preços também haviam caído na Copa do Mundo de 2014 (-41,33%) e de 2010 (-27%). Isso quer dizer que a população foi “premiada” neste ano.
De acordo com o economista Bruno Imaizumi, da LCA Consultores, esse cenário é resultado do desajuste na cadeia produtiva dos eletrônicos, provocado pela pandemia da covid-19.
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