Inflação ao produtor na China desacelera em janeiro

O Índice de Preços ao Produtor (PPI) da China fechou janeiro em 9,1% no acumulado dos últimos 12 meses. A saber, esse é o menor patamar desde julho do ano passado. Aliás, a taxa da inflação também veio abaixo das projeções do mercado, que estimavam uma taxa acumulada de 9,5%.

Em resumo, o PPI analisa o progresso dos preços dos produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete. Isso quer dizer que a inflação industrial da China recuou para o menor nível em seis meses. A Agência Nacional de Estatísticas divulgou os dados nesta quarta-feira (16).

A situação no início deste ano é completamente diferente do registrado alguns meses atrás. Em suma, a inflação ao produtor bateu recorde no país em outubro, quando atingiu o maior valor em 26 anos. A propósito, a principal razão para o expressivo resultado à época foi a crise energética que a China estava enfrentando.

Embora tenha recuado, a inflação ao produtor na China continua bastante elevada. No entanto, vale destacar que, apesar desse cenário, a inflação ao consumidor segue controlada. Isso contrasta com a maioria das economias globais, que estão sofrendo para controlar suas taxas.

Inflação mais fraca pode afrouxar política monetária da China

De acordo com analistas, o resultado de janeiro pode fazer a China afrouxar a sua política monetária. Os economistas veem esse recuo da inflação como uma oportunidade para o governo chinês reduzir os juros e impulsionar a economia do país.

A saber, a inflação ao consumidor recuou de 1,5% em dezembro para 0,9% em janeiro. A taxa veio levemente abaixo do esperado pelo mercado (1,0%). Segundo analistas, isso ocorreu devido à demanda interna mais fraca. Aliás, o consumo doméstico segue enfraquecido no país, que ainda enfrenta alguns surtos de Covid-19.

Em síntese, quando a economia está enfraquecida, os bancos centrais reduzem os juros e injetam estímulos para aquecer a economia. Por outro lado, quando a inflação está elevada, os juros também sobem para conter a taxa inflacionária.

Com o resultado de janeiro, analistas já veem a China em uma situação mais confortável. Por isso, acreditam que o BC chinês pode reduzir os juros e estimular a economia.

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