Indústrias sofrem com alto custo e falta de matérias-primas no segundo trimestre

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou seu levantamento mais recente sobre os problemas enfrentados pela indústria do país no segundo trimestre deste ano. De acordo com a Sondagem Industrial, a falta e o alto custo das matérias-primas foram os principais problemas enfrentados pelo setor no período.

Em resumo, 63,8% das indústrias relataram ter sofrido com estas questões. A saber, a pandemia da Covid-19 vem impactando diversas atividades econômicas desde o ano passado. E os efeitos da crise sanitária continuam sendo sentidos pelo setor industrial do país.

Vale ressaltar que, apesar do percentual expressivo de indústrias relatando o problemas com as matérias-primas, esse é o menor nível dos últimos três trimestres. Isso porque, no primeiro trimestre deste ano, 67,2% das empresas relataram o problema, enquanto 64,3% delas o fizeram no último trimestre de 2020.

A propósito, o setor começou a sofrer realmente com a falta de insumos, e seu consequente encarecimento, no terceiro trimestre do ano passado. À época, a taxa disparou de 23,8% para 57,8%, figurando até hoje como o principal problema das indústrias no Brasil. Aliás, o aumento dos preços das matérias-primas atingiu 74,1 pontos no trimestre, um dos maiores níveis já registrado pela série da CNI.

De acordo com o gerente de Análise Econômica, Marcelo Azevedo, os altos preços dos insumos é resultado da junção de dois fatores: estoques limitados e atividade aquecida. Como a vacinação contra a Covid-19 está avançando no país, a indústria volta a se fortalecer, mas a demanda continua superando a oferta.

Veja mais detalhes sobre o desempenho das indústrias no trimestre

Além disso, alta carga tributária (34,9%), taxa de câmbio (23,2%), demanda interna insuficiente (20%) e falta ou alto custo de energia (18,2%) também foram bastante citados pela indústria brasileira no trimestre. Nesse caso, o destaque fica com a energia, cuja taxa saltou de 11,3% no trimestre anterior. 

A CNI também revelou que o indicador relacionado ao número de empregados nas indústrias do país subiu para 52 pontos no trimestre. Com esse avanço, completou um ano sem cair para menos de 50 pontos, ou seja, o emprego no setor segue em alta, uma vez que este é o nível que separa avanço de queda.

Por fim, o otimismo dos empresários industrias seguiu crescendo em junho. A saber, o índice avançou 1,1 ponto, para 61 pontos. Esse é o maior nível para o mês de junho desde 2011 (61,8 pontos). Da mesma forma, a intenção de investimentos cresceu no mês (1,6 ponto), chegando a 58,6 pontos.

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Ruan Samarone

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