Indústria brasileira tem retração 4,4% em novembro na comparação anual

A indústria brasileira sofreu retração de 4,4% em novembro de 2021,  na comparação com o mesmo mês de 2020. Esse recuo é o quarto consecutivo após 11 meses seguidos de avanços nessa base comparativa. A saber, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta quinta-feira (6).

O setor industrial sofreu fortes impactos com a pandemia da Covid-19 em 2020. Em resumo, os primeiros meses da crise sanitária, decretada em março de 2020, afundaram diversos setores econômicos do Brasil e do mundo, incluindo a indústria brasileira.

No entanto, quanto mais distante de março de 2020, mais fortalecidos os dados ficaram. Por isso, na base comparativa anual, a indústria começou a perder fôlego em julho, quando cresceu apenas 1,2%. Já em agosto, houve o primeiro recuo em um ano (-0,7%), que ficou mais forte em setembro (-3,9%) e outubro (-7,8%).

Três das quatro categorias econômicas recuam em outubro

A pesquisa revelou que três das quatro grandes categorias econômicas industriais pesquisadas caíram em novembro no comparativo anual. Da mesma forma, 19 dos 26 ramos de atividades, 55 dos 79 grupos e 59,1% dos 805 produtos pesquisados também apresentaram resultados negativos no mês.

De acordo com o levantamento, as principais influências negativas vieram de veículos automotores, reboques e carrocerias (-11,6%), de produtos alimentícios (-4,6%) e de bebidas (-12,3%).

Os seguintes segmentos também caíram no mês: produtos de borracha e de material plástico (-12,3%), produtos de metal (-13,1%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-15,9%), couro, artigos para viagem e calçados (-17,5%), móveis (-17,9%) e produtos têxteis (-13,5%).

Por outro lado, entre as sete atividades que subiram no período, a maior influência veio das indústrias extrativas (+5,1%). Os ramos de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (9,7%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,6%) e de máquinas e equipamentos (2,9%) também tiveram variações importantes no mês.

Veja mais detalhes sobre as categorias da indústria

Entre as categorias econômicas, os bens de consumo duráveis afundaram 21,0% entre novembro de 2020 e 2021. Em resumo, o tombo é o quinto consecutivo e ocorreu devido à pressão exercida pela redução na fabricação de automóveis (-23,3%), de eletrodomésticos da “linha marrom” (-30,8%) e da “linha branca” (-22,0%) e de móveis (-22,0%).

Os bens de consumo semi e não-duráveis caíram 6,3% no mês. Da mesma forma, a queda foi a quinta seguida e ocorreu novamente devido aos tombos dos grupamentos de semiduráveis (-18,3%) e de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-5,3%).

Já os bens intermediários tiveram queda de 2,7% em novembro, terceiro recuo consecutivo após 13 meses de taxas positivas. A categoria foi derrubada pelos recuso de veículos automotores, reboques e carrocerias (-12,9%), produtos alimentícios (-6,0%), produtos de borracha e de material plástico (-11,1%), produtos de metal (-11,9%) e produtos têxteis (-13,8%).

Em contrapartida, o segmento de bens de capital cresceu 5,0% em relação a novembro de 2020. Essa foi mais uma vez a única exceção no mês. Inclusive, esse é o 15º mês seguido de taxas positivas no comparativo anual. Os grandes destaques de novembro foram os bens de capital para construção (38,0%) e para equipamentos de transporte (4,0%).

Leia Mais: Venda de veículos novos cresce 3% em 2021, aponta Fenabrave

Ruan Samarone

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