Índice de Preços ao Produtor sobe 4,78%, maior alta para um mês de março

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) subiu 4,78% em março deste ano, na comparação com o mês anterior. Este é o maior avanço já registrado pela série para um mês de março. Aliás, o acumulado em 2021 indica forte crescimento de 14,09% dos preços da indústria.

Com o acréscimo desse resultado, o IPP passa a acumular alta de 33,52% nos últimos 12 meses, batendo também recorde para o período. A saber, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta quarta-feira (31).

Em resumo, os preços de 23 das 24 atividades pesquisadas subiram em março, impulsionando o IPP no mês. A propósito, o índice analisa o progresso dos preços dos produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete, medindo a evolução de 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação.

Ao mesmo tempo, o levantamento engloba informações por segmentos, como atividades e categorias econômicas. Dessa forma, abrange bens de capital, intermediários e de consumo separadamente. Os subgrupos de bens duráveis e não-duráveis também passam por análise. 

Veja mais detalhes do aumento do índice

De acordo com o IBGE, o crescimento nas indústrias de transformação (4,81%) puxou o índice para cima. A disparada dos preços das indústrias extrativas (4,38%) também ajudou a elevar os preços do IPP, mas este segmento possui menor impacto no resultado do índice.

Em síntese, os quatro maiores avanços em março vieram das seguintes atividades: refino de petróleo e produtos de álcool (16,77%), outros produtos químicos (8,79%), madeira (7,73%) e papel e celulose (7,18%).

No entanto, não foram estas quatro atividades que exerceram as maiores influências no resultado do IPP em março. Quem liderou os impactos no índice foram: indústrias extrativas (1,53 ponto percentual), outros produtos químicos (0,74 p.p.), alimentos (0,58 p.p.) e metalurgia (0,41 p.p.).

Além disso, o IBGE indicou as atividades que possuem as maiores variações de preços e impactos no IPP em 2021. Em relação às variações, o resultado ficou assim: indústrias extrativas (49,57%), refino de petróleo e produtos de álcool (37,82%), outros produtos químicos (24,89%) e metalurgia (21,47%).

Por sua vez, levando em consideração a influência exercida, as atividades que mais provocaram impacto foram: refino de petróleo e produtos de álcool (3,19 p.p.), indústrias extrativas (2,73 p.p.), outros produtos químicos (1,99 p.p.) e metalurgia (1,40 p.p.).

Por fim, a alta dos preços da indústria em março figura como a segunda maior já registrada pela série iniciada em 2014. Aliás, esse é o vigésimo aumento seguido dos preços, na comparação mês a mês. Isso quer dizer que os preços estão ficando mais caros desde agosto de 2019.

Leia Mais: Produção industrial do país cai pelo segundo mês seguido, aponta IBGE

Ruan Samarone

Recent Posts

Confira o calendário do programa Mães de Pernambuco 2025

O programa Mães de Pernambuco 2025 já está movimentando as expectativas das mamães pernambucanas. Com…

20 horas ago

Pé-de-Meia Licenciaturas: o que você precisa saber sobre as regras de manutenção

O Pé-de-Meia Licenciaturas é uma das iniciativas mais aguardadas por estudantes que buscam formação superior…

2 dias ago

Bolsa Família e Auxílio Gás: veja as datas de pagamento do mês de agosto

Agosto chegou trazendo uma boa notícia para quem depende do Bolsa Família e do Auxílio Gás. Saber…

3 dias ago

PIS/PASEP: Pagamento final do abono salarial é realizado nesta semana – confira se você tem direito

Chegou o momento decisivo para milhares de trabalhadores brasileiros: o pagamento final do abono salarial…

1 semana ago

Descontos ilegais: INSS devolve R$ 1 bilhão a beneficiários afetados

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) surpreendeu milhares de pessoas ao anunciar a devolução…

1 semana ago

Bolsa Família em agosto terá adicional de R$ 108; confira as datas de pagamento

Além do valor regular do Bolsa Família, haverá um adicional de R$ 108 referente ao…

1 semana ago