A Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou que a confiança do consumidor permanece em queda. O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) atingiu 42,8 pontos em setembro. Em outras palavras, ficou abaixo da média histórica, que é de 46,1 pontos. Da mesma forma, o nível caiu 4,5 pontos em relação ao último resultado, disponibilizado em dezembro do ano passado. A variação do dado vai de zero a 100. Os valores menores que 50 são considerados negativos. Além disso, quanto mais abaixo de 50 pontos, maior é a falta de confiança.
Houve queda do índice em todos os perfis de consumidor
De acordo com a CNI, a redução no Inec foi comum a todos os perfis de consumidor. Contudo, o destaque ficou entre os que possuem renda superior a cinco salários mínimos, com uma queda de 7,4 pontos. Os consumidores com nível superior também apresentaram uma variação negativa de 6,8 pontos.
Apesar disso, o menor índice foi registrado entre a população com renda de até um salário mínimo, com 40,4 pontos. Já o índice de confiança dos consumidores que residem nas capitais brasileiras ficou em 41,1 pontos. Em suma, este nível foi bem próximo ao atingido por quem tem nível superior (41,1 pontos) e pelos que residem no Sudeste (41,6 pontos).
As expectativas dos consumidores também caíram
Por fim, o índice de expectativa de inflação piorou significativamente em relação às perspectivas dos preços para os consumidores. Em resumo, o índice registrou a quinta alta consecutiva. “Os consumidores estão pessimistas com relação à evolução futura dos preços, do desemprego e de sua renda. O aumento de preços em produtos específicos, sensíveis para o consumidor, está afetando a percepção do poder de compra e contaminando suas expectativas”, disse o gerente de análise econômica da CNI, Marcelo Azevedo.
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