Índice de compras industrial dos EUA cai levemente em setembro

Os Estados Unidos encerraram setembro com dados menos expressivos do índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial. A saber, o indicador recuou de 61,1 pontos em agosto para 60,7 pontos em setembro, menor nível em cinco meses. O instituto de pesquisas IHS Markit divulgou os dados nesta sexta-feira (1º).

Embora o índice tenha desacelerado no mês, o patamar continua indicando expansão do indicador. Em resumo, níveis acima dos 50 pontos representam expansão da atividade, enquanto valores menores que essa marca indicam retração.

Além disso, a queda do PMI norte-americano em setembro foi menor que a projetada por economistas. A propósito, os analistas acreditavam que o indicador cairia para 60,5 pontos no mês, mas o recuo não se mostrou tão intenso quanto o esperado.

“O setor manufatureiro dos EUA continua a correr quente, com a demanda mais uma vez avançando bem à frente da capacidade produtiva, com as companhias reportando amplos problemas com as cadeias de abastecimento e a disponibilidade de mão-de-obra”, explicou o economista-chefe de negócios do IHS Markit, Chris Williamson.

Indústria dos EUA continua enfrentando dificuldades

De acordo com Williamson, a queda do índice industrial no mês passado ocorreu devido à “incapacidade (da indústria) de responder à demanda, em meio a uma escassez próxima do recorde de materiais e mão-de-obra”. Isso atrasou “sem precedentes” o trabalho no país, que ficou cada vez mais acumulado, segundo o economista do IHS.

Assim, as encomendas industriais nos Estados Unidos continuaram pendentes, “mas os preços cobrados por estes bens na saída das fábricas também dispararam novamente em setembro, subindo a um ritmo superior a qualquer coisa vista nos 15 anos da pesquisa”, destacou Williamson.

“Com casos de covid-19 mostrando sinais de ter atingido o pico precocemente tanto doméstica quanto globalmente, parte da cadeia de abastecimento e os problemas de escassez de mão de obra devem começar a diminuir, por sua vez, levando parte da pressão sobre os preços”, disse o economista do IHS Markit.

Por fim, Williamson afirmou que as expectativas em relação a 2022 estão cada vez menos otimistas. De acordo com ele, o que vem provocando a queda das estimativas são as “preocupações com a oferta”. Em suma, isso mostra que a produção deve sofrer fortemente, pelo menos por algum período, com a escassez de produtos e bens.

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Ruan Samarone

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