Indicador de Emprego da FGV despenca 5,3, pontos em janeiro

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) caiu 5,3 pontos em janeiro deste ano, na comparação com o mês anterior. Esse é o terceiro recuo consecutivo do indicador, que caiu para 76,5 pontos no mês. Aliás, o índice atingiu o menor patamar desde agosto de 2020 (74,8 pontos).

A saber, o indicador ficou ainda mais distante do patamar de fevereiro do ano passado (92,0 pontos), último mês antes da decretação da pandemia da Covid-19. Vale lembrar que a crise sanitária impactou negativamente diversos setores econômicos e provocou a perda de milhões de empregos em todo o planeta.

Com o resultado de janeiro, o indicador intensificou sua trajetória negativa em médias móveis trimestrais (-3,6 pontos), para 80,4 pontos. A propósito, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), responsável pela pesquisa, divulgou os dados nesta segunda-feira (7).

“A piora mais acentuada no início de 2022 decorre da combinação da desaceleração econômica iniciada no 4º trimestre com o surto de Ômicron e Influenza que afeta principalmente o setor de serviços, que é o maior empregador. Tornando no curto prazo difícil vislumbrar uma alteração no curso do indicador”, explicou o economista do FGV Ibre, Rodolpho Tobler.

Todos os sete componentes do indicador caem em janeiro

De acordo com os dados, todos os sete componentes do IAEmp caíram no mês. A saber, os componentes do setor da indústria tiveram os seguintes recuos: situação atual dos negócios (-1,6 ponto), tendência dos negócios da indústria de transformação (-0,8 ponto) e emprego previsto (-0,2 ponto). Em dezembro de 2021, apenas o indicador de emprego previsto havia subido (+0,3 ponto).

Da mesma forma, os componentes do setor de serviços também caíram no mês: tendência dos negócios (-1,0 ponto), emprego previsto (-0,9 ponto) e situação atual dos negócios (-0,2 ponto). No mês anterior, o componente situação atual dos negócios havia subiu 0,4 ponto.

Já o indicador de emprego local futuro, da sondagem do consumidor, recuou 0,6 ponto em janeiro, após cair 0,1 ponto em dezembro.

Por fim, o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) se baseia em dados das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor. Em suma, ele pode antecipar as direções tomadas pelo mercado de trabalho no Brasil, possuindo relação positiva com o nível de emprego do país.

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