Indicador de Emprego da FGV cai pelo 4º mês consecutivo

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) caiu 1,4 ponto em fevereiro deste ano, na comparação com o mês anterior. Esse é o quarto recuo consecutivo do indicador, que caiu para 75,1 pontos no mês. Aliás, o índice atingiu o menor patamar desde agosto de 2020 (74,8 pontos).

A saber, o indicador ficou ainda mais distante do patamar de fevereiro do ano passado (92,0 pontos), último mês antes da decretação da pandemia da Covid-19. Vale lembrar que a crise sanitária impactou negativamente diversos setores econômicos e provocou a perda de milhões de empregos em todo o planeta, inclusive no Brasil.

Com o resultado de fevereiro, o indicador permaneceu pelo sexto mês seguido na sua trajetória negativa em médias móveis trimestrais (-2,6 pontos), para 77,8 pontos. A propósito, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), responsável pela pesquisa, divulgou os dados nesta terça-feira (8).

“O IAEmp voltou a cair em fevereiro, seguindo  a tendência negativa dos últimos meses. Os últimos resultados sugerem que a recuperação do mercado de trabalho deve ser mais lenta do que a ocorrida em 2021”, explicou o economista do FGV Ibre, Rodolpho Tobler.

“O ambiente macroeconômico difícil e potenciais riscos de aumento da incerteza global, não permitem vislumbrar uma mudança na trajetória do indicador no curto prazo”, acrescentou Tobler.

Cinco dos sete componentes do indicador caem em fevereiro

De acordo com os dados, seis dos sete componentes do IAEmp caíram no mês. A saber, os componentes do setor da indústria tiveram os seguintes recuos: situação atual dos negócios (-1,0 ponto), emprego previsto (-0,3 ponto) e tendência dos negócios da indústria de transformação (-0,1 ponto). Em janeiro, todos os componentes também haviam caído.

Os componentes do setor de serviços também caíram no mês: tendência dos negócios (-0,3 ponto) e emprego previsto (-0,2 ponto). Em contrapartida, o componente situação atual dos negócios subiu 0,5 ponto, único avanço no mês. Já o componente emprego local futuro, da sondagem do consumidor, apresentou variação nula em fevereiro (-0,0 ponto).

Por fim, o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) se baseia em dados das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor. Em suma, ele pode antecipar as direções tomadas pelo mercado de trabalho no Brasil, possuindo relação positiva com o nível de emprego do país.

Leia Mais: Uber Eats deixa de funcionar no Brasil para delivery de restaurantes