A Organização Mundial da Saúde (OMS) reafirmou que não há ligação entre a vacina Astrazeneca-Oxford Covid-19 e a coagulação do sangue em pacientes. “Até hoje, não há evidências de que os incidentes sejam causados pela vacina e é importante que as campanhas de vacinação continuem para que possamos salvar vidas e deter as doenças graves do vírus”, afirmou.
“Em amplas campanhas de vacinação, é normal que os países sinalizem potenciais eventos adversos. Isso não significa que os eventos estejam relacionados à vacinação, mas é uma boa prática investigá-los”, completa um comunicado da OMS.
Um número crescente de países europeus suspendeu a vacina britânica-sueca após 37 casos de coágulos sanguíneos relatados dias após a vacinação. Nesta segunda-feira (15), Alemanha, França, Itália e Holanda foram os últimos a seguir os países vizinhos e deixar de aplicar as doses da AstraZeneca até que novas investigações fossem realizadas.
O Ministério da Saúde alemão disse que a decisão foi tomada por “precaução”. A justificativa foi a mesma adotada por outros países em dias anteriores. A Dinamarca se tornou na semana passada o primeiro país a suspender temporariamente o uso da vacina AstraZeneca. Os outros países incluem Irlanda, Tailândia, Noruega, Islândia, Congo e Bulgária.
O que diz a AstraZeneca
No último domingo (14), a farmacêutica AstraZeneca divulgou um comunicado reafirmando a segurança da vacina. A empresa disse que o número de coágulos sanguíneos relatados “é muito menor do que seria esperado que ocorresse naturalmente em uma população geral deste tamanho e é semelhante em vacinas Covid-19 já licenciadas.”
“Além disso, em ensaios clínicos, embora o número de eventos trombóticos tenha sido pequeno, estes foram menores no grupo vacinado. Também não houve evidência de aumento de sangramento em mais de 60 mil participantes inscritos”, afirmou a AstraZeneca.
A OMS ressaltou que até 12 de março, mais de 300 milhões de doses de vacinas Covid-19 foram administradas desde o início da pandemia e “nenhum caso de morte foi registrado por causa das vacinas”.
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