Nesta quinta-feira (22), em entrevista à CNN, o secretário de Educação de São Paulo, Rossieli Soares, afirmou que o nível de aprendizagem escolar pode demorar até 3 anos para ser retomado devido ao impacto da pandemia de Covid-19, que causou a suspensão das aulas presenciais. A volta às aulas no estado está agendada para 02 de agosto, enquanto a vacinação de adolescentes contra Covid-19 deve começar em 23 de agosto.
“Vai demorar uns 2, 3 anos para que a gente consiga recuperar o que perdemos na pandemia sem as aulas presenciais”, disse o secretário. “O estado de São Paulo volta às aulas no dia 2 de agosto. Não é obrigatório para a família, ainda no mês de agosto, mas é fundamental que as escolas estejam abertas. Estaremos em campanha muito forte para que estudantes voltem”, completou Rossieli.
“Se quisermos voltar a recuperar [a aprendizagem], tem que ser com o estudante dentro da sala de aula, não dá mais para ter escola fechada.”, destacou o secretário estadual de Educação de São Paulo.
Rossieli também apontou que a pandemia obrigou muitos estudantes a abandonarem a escola “pela necessidade de ter que trabalhar, ajudar em casa, ter o que comer”.
Para diminuir o risco de transmissão da Covid-19, o secretário informou que o governo estadual mudou os protocolos sanitários dentro das escolas. “Não temos mais limitador percentual pela matrícula, agora o limitador passa a ser o distanciamento. Pegamos o metro quadrado daquela sala e calculamos quantos alunos, com 1 metro quadrado de distância entre si, podem estar naquela sala de aula”.
99% dos profissionais da Educação tomaram uma dose da vacina contra Covid-19
Na entrevista, Soares abordou a reforma do ensino médio, que amplia a carga horária dos estudantes e dá a possibilidade dos alunos escolherem parte das disciplinas nos chamados itinerários formativos.
“Quando falamos do novo ensino médio, estamos falando de atratividade. É uma mudança em toda a estrutura de educação porque precisamos manter esse jovem dentro da escola, aprendendo e mais interessado”, afirmou.
“Estamos falando de uma educação ligada a uma espinha dorsal, o projeto de vida do aluno. Se a gente não olhar para os sonhos e desejos do estudante, vamos continuar tendo dificuldades”.
Segundo o secretário, 99% dos profissionais da Educação foram vacinados ao menos com a primeira dose do imunizante contra Covid-19. “Em 10 de abril, começamos vacinando os profissionais com mais de 47 anos, que tem a maioria das pessoas com comorbidades”, relembrou. “A única exceção [na volta às aulas] são profissionais de educação que têm alguma comorbidade e que, por ventura, não tenham tomado a segunda dose”.