Imigrantes fazem perigosa travessia pelos Alpes para chegar à França

À medida que as fronteiras dentro da Europa se tornam cada vez mais difíceis de cruzar devido às restrições da pandemia, imigrantes cogitam fazer uma travessia perigosa até a França. Eles chegaram ao continente pelos Bálcãs, no leste europeu, e agora pretendem cruzar os Alpes entre Itália e França.

Imigrantes fazem a travessia durante a noite pare não serem vistos pelos guardas franceses (Foto: reprodução)

Essa travessia de fronteira pode ser a parte mais difícil da árdua jornada dos imigrantes. Isso porque caminhar pelos Alpes ítalo-franceses, especialmente no inverno, é complicado, mesmo para aqueles que superaram outros obstáculos perigosos ao longo do caminho.

Muitos tentam atravessar durante a noite para evitar serem vistos pelas forças de segurança da França, que fazem patrulha em bicicletas especiais para a neve. Se forem avistados perto da fronteira, serão devolvidos à Itália após algumas horas de detenção.

Amir Hotak é um candidato a asilo de 23 anos que fugiu do Afeganistão. Ele disse a repórteres sobre os países que atravessou para chegar até aqui. “Afeganistão até o Irã, Irã até a Turquia, Turquia até a Grécia, Grécia até a Albânia, Albânia até Montenegro, Montenegro até a Bósnia, Bósnia até a Croácia, Croácia até a Eslovênia. Depois a Itália”, explicou o imigrante afegão.

Imigrantes enfrentam inverno rigoroso

A Cruz Vermelha da Itália monitora o lado italiano dos Alpes na cidade de Claviere desde 2017, A rota era usada principalmente por imigrantes da África que chegavam por mar. Mas, nos últimos meses, eles dizem que estão vendo pessoas de diferentes países.

“Acidentes como avalanches acontecem com frequência. Outro grande perigo são as temperaturas, o frio. Se não estivermos devidamente equipados com luvas e roupas térmicas, passar uma noite entre -15ºC ou -20ºC pode ser letal”, disse uma voluntária da Cruz Vermelha italiana.

Leia também: Após críticas, Bósnia monta tendas para não congelar imigrantes desabrigados

Em Claviere, um município italiano na fronteira com a França, cerca de 5 mil imigrantes foram registrados pela Cruz Vermelha desde 2017. Do total, 1.500 são só dos últimos cinco meses. Nas patrulhas nas montanhas, os voluntários alertam os imigrantes sobre os perigos e oferecem ajuda com cobertores ou até resgate, em alguns casos.

Lobato Felizola

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