Ibovespa inicia semana no vermelho, puxado por Petrobras

O Ibovespa não conseguiu encerrar o pregão desta segunda-feira (8) no azul. A forte queda das ações da Petrobras, que responde por 10,4% da carteira do índice, despencaram hoje. E isso aconteceu por duas razões: mudanças na política de ajustes de preços de combustíveis da estatal e preocupações em relação à transparência das decisões da Petrobras.

Em resumo, o presidente Jair Bolsonaro afirmou na última sexta-feira (5) que o governo federal pretende modificar a estrutura de tributação do setor. De acordo com ele, pensou-se num projeto para estabelecer um valor fixo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis e energia. Ainda segundo Bolsonaro, o projeto também avaliaria a incidência do ICMS nos valores dos combustíveis vendidos nas refinarias. Nesse caso, o valor do ICMS seria definido pelos governos estaduais e assembleias legislativas de cada Unidade da Federação.

Contudo, na mesma sexta, a Petrobras confirmou a ampliação do prazo limite para o cálculo da paridade internacional de preços. Assim, a mudança não será limitada por um trimestre, mas pelo período de um ano. E o fantasma da interferência do governo na empresa fez diversos investidores venderem suas ações e pularem fora. Ontem (7), a estatal reafirmou que não alterou o alinhamento dos preços de seus combustíveis, mas há muitas preocupações sobre à transparência da Petrobras.

 

Veja as principais variações do dia no Ibovespa

Em suma, todas essas notícias chamaram a atenção dos investidores, o que fez o Ibovespa cair, ao contrário do que aconteceu na maioria dos mercados internacionais. Das 81 ações que compõem o índice, 45 registraram queda, movimentando R$ 20,2 bilhões. Este valor ficou 17% abaixo da média do índice em 2021, de R$ 24,4 bilhões.

Nesse contexto, os aumentos percentuais mais expressivos vieram de: Cosan ON (8,57%), Cyrela ON (4,77%), BTG Pactual units (3,77%), CSN ON (3,65%) e PetroRio ON (3,30%). Vale ressaltar que, nesta segunda, ações de mineradoras e siderúrgicas subiram, impulsionadas pela alta do preço do minério de ferro. Já a Cosan disparou após a Raízen concluir a compra da Biosev e ampliar domínimo em açúcar e etanol.

Por fim, as maiores quedas ficaram com: Petrobras ON (-4,14%), Ambev ON (-3,74%), Cogna ON (-3,46%), Santander Brunt (-3,25%) e Petrobras PN (-3,14%).

 

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Ruan Samarone

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