Ibovespa encerra pregão com leve queda, puxado por risco fiscal

O Ibovespa emendou a segunda queda seguida na semana. A última vez que isso aconteceu foi no dia 19 de janeiro, quando o principal índice da bolsa brasileira teve seis pregões consecutivos de perdas. Nessa sequência, o Ibovespa acabou caindo dos 121 mil pontos para um pouco abaixo dos 116 mil. No entanto, dessa vez, apesar das duas quedas seguidas, o cenário externo se mostra muito mais otimista. E, mesmo com as incertezas internas, os recuos não estão intensos, diferentemente do que aconteceu em janeiro.

No pregão desta terça (9), o que prevaleceu foi a incerteza geral em relação a dois temas específicos: combustíveis e auxílio emergencial. Assim, o Ibovespa caiu 0,19%, a 119.471 pontos. Em suma, no primeiro caso, os investidores estão atentos ao governo federal, esperando por uma estratégia para a retirada de impostos incidentes nos preços dos combustíveis. A saber, o governo está estudando formas de reduzir a tributação de combustíveis e do setor elétrico. O receio geral é que a Petrobras sofra interferência direta do governo federal. Aliás, o presidente Jair Bolsonaro negou isso na semana passada.

Além disso, muitos estão inseguros com o retorno do auxílio emergencial. O benefício, que foi disponibilizado para a parcela mais vulnerável da população brasileira, ganha cada vez mais força para voltar. O problema, segundo os analistas, envolve a situação fiscal do Brasil, que continua muito delicada. Ao mesmo tempo, muitos não conseguem imaginar de onde o governo irá retirar dinheiro para financiar novas rodadas do auxílio. E o teto de gastos públicos, mais uma vez, corre risco de ser perfurado.

 

Veja os principais movimentos do dia no Ibovespa

Diante desse cenário, o Ibovespa até tentou, mas não conseguiu encerrar o dia no azul. Das 81 ações que compõem a carteira do índice, 49 tiveram perdas no dia. Ao todo, entre compras e vendas, movimentaram R$ 22 bilhões, 12% abaixo da média diária em 2021, de R$ 25 bilhões. Em resumo, as maiores elevações percentuais vieram de: Sabesp ON (7,10%), CSN ON (2,43%), Ultrapar ON (2,22%), BB Seguridade ON (1,74%) e Santander Brasil units (1,62%). Vale ressaltar a disparada das ações da Sabesp, após a Agência Reguladora de Serviços Públicos de São Paulo (Arsesp) anunciar uma proposta de revisão tarifária. Isso foi bem recebido pelo mercado.

Por fim, do lado das quedas, as maiores variações percentuais ficaram com: PetroRio ON (-4,13%), EZTEC ON (-3,36%), JHSF ON (-3,03%), Gol PN (-2,95%) e Petrobras ON (-2,60%). Aqui, os papéis da PetroRio e da Petrobras caíram, apesar da alta do petróleo no mercado internacional.

 

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Ruan Samarone

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