Ibovespa emenda segunda alta seguida, com otimismo vindo de Brasília

O Ibovespa encerrou esta terça-feira (2) com alta de 0,61%, chegando aos 118.324 pontos. Aliás, esta é o segundo avanço seguido do principal índice acionário da bolsa brasileira, após a forte perda registrada na semana passada. Em suma, a principal razão para os bons resultados nestes dois últimos pregões vem de Brasília, mais especificamente em relação às eleições à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal.

Hoje, o dia ficou marcado pela repercussão da vitória do deputado Arthur Lira (PP) e do senador Rodrigo Pacheco (DEM), ambos apoiados pelo presidente Jair Bolsonaro. Agora, espera-se que os presidentes das respectivas casas do Congresso Nacional aprovem cortes de gastos relacionados a transferências de renda. No entanto, vale ressaltar que o risco fiscal continua bastante alto, com muitos investidores ainda temendo o calote público.

Do exterior, veio a forte queda de 5% do minério de ferro nos portos de Qingdao, na China. Com isso, a Vale, uma das gigantes da carteira do Ibovespa, fechou com a segunda maior queda do dia. Ao mesmo tempo, as ações dos bancos, que respondem por 17,5% do índice, também afundaram no dia. Esses resultados negativos impediram uma subida mais expressiva do indicador nesta terça.

Veja as principais variações do dia no Ibovespa

Nesse cenário, o otimismo prevaleceu e 64 das 81 ações que compõem o Ibovespa encerraram o dia no azul. Ao todo, entre compras e vendas, o giro financeiro movimentou R$ 24,4 bilhões, valor 23,5% maior que a média diária deste ano. Assim, as principais elevações percentuais do dia vieram de: B2W ON (6,87%), Totvs (6,77%), Embraer (6,72%), Braskem PNA (6,34%) e Via Varejo ON (6,26%). Nesse caso, vale ressaltar a alta da Totvs, que aconteceu após o Credit Suisse divulgar um relatório com recomendação de compra para os papéis da empresa.

Por outro lado, dentre as poucas quedas do dia, as mais intensas vieram de: Bradespar PN (-5,71%), Vale ON (-3,96%), Vale ON (-3,44%), Itaú Unibanco PN (-2,13%) e Usiminas PNA (-2,10%). Em resumo, mineradoras e siderúrgicas, ligadas ao minério de ferro, não conseguiram evitar a forte queda no dia, puxadas pelo recuo dos preços da commodity. Já o Itaú afundou, após divulgar o balanço de 2020, que indicou um resultado bastante negativo para a instituição financeira.

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