Um homem foi preso na segunda-feira (10) suspeito de tentativa de estupro depois de entrar no apartamento da namorada, em Goiânia, Goiás, e, após insistir para que a filha da mulher, uma adolescente de 12 anos, tirasse a roupa e fazer vídeos íntimos da garota sem que ela percebesse.
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De acordo com a Polícia Civil, quem denunciou o caso foi a própria adolescente, que mandou mensagens para a mãe revelando o que havia acabado de acontecer. “Mamãe, ele chegou de surpresa aqui em casa e eu não tinha visto. Daí ele começou a gravar uns vídeos íntimos meus. Mamãe, eu estou com medo”, disse a garota, que gravou um áudio enquanto o padrasto insistia para ela tirar a roupa e enviou para a mãe logo na sequência.
Adolescente: Ver o quê?
Padrasto: Ver você só uma vez.
Adolescente: Não! Para quê?
Padrasto: Qual é o problema? Só para ver. Ninguém sabe que eu estou aqui nem sua mãe. É só curiosidade.
Adolescente: Curiosidade de quê?
Padrasto: De ver você sem roupa. E aí eu vou embora. É sério. Segredinho nosso.
Em entrevista ao portal “G1”, a mão da adolescente relatou que, logo após ler as mensagens da filha, correu para casa e pediu ajuda para o seu ex-marido, pai da menina, um agente da Polícia Militar (PM). Segunda a mulher, que preferiu não se identificar, ao chegar em sua residência, ela encontrou o namorado, com quem se relacionada há três anos.
“Ele veio e eu falei: ‘Cara, você é louco, você é doido, o que que você fez?’ E ele falou: ‘Não, não fiz nada'”, contou a mulher, que ainda revelou que nunca havia percebido nenhuma atitude suspeita do rapaz durante o tempo em que esteve junto com ele.
Ao todo, explicou a mãe da adolescente, o rapaz teria gravado 17 vídeos. “São vídeos curtos, porque ele ficou 30 minutos filmando ela sem ela perceber”, relatou a mulher, explicando ainda ter encaminhado para o seu telefone todas as gravações que o suspeito fez de sua filha.
Homem está solto
De acordo com as informações, o suspeito foi solto após ter pago uma fiança de R$ 1,1 mil. Isso porque a juíza Maria Antônia de Faria argumentou que não houve intimidação da vítima tampouco das testemunhas.
Não suficiente, ela também argumentou que o fato do homem ter residência fixa e emprego corrobora para a tese de que, solto, ele não prejudicaria a instrução processual. Em sua decisão, a magistrada também estabeleceu medidas protetivas para a menina, dentre elas, que o padrasto não poderá se aproximar dela.
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