Uma investigação da Polícia Federal (PF) fez com que a entidade chegasse à conclusão de que um homem suspeito de ter enviado e-mails a diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) cometeu o crime de ameaça. A mensagem foi enviada em novembro deste ano, onde o acusado se disse contrário à aplicação da vacina contra a Covid-19 em crianças.
De acordo com informações da “TV Globo”, divulgadas nesta terça-feira (21), a conclusão da Polícia Federal fez com que a Procuradoria da República no Distrito Federal denunciasse o homem à 15ª Vara Federal de Brasília pelo crime de ameaça.
Agora, ainda de acordo com a emissora carioca, caberá à Justiça decidir se existem ou não elementos que justifiquem o homem se tornar réu por conta das mensagens e, consequentemente, responder por alguma ação penal.
Segundo o delegado à frente do caso, com as investigações, ficou claro que as mensagens do acusado foram “mais que uma ameaça, mas uma certeza de que o mal injusto e grave ocorreria”.
No entanto, o funcionário público não pediu o indiciamento do homem, que não teve seu nome revelado. Isso aconteceu porque, de acordo com o Código Penal, o crime cometido pelo suspeito, o de ameaça, é considerado de menor potencial ofensivo e os delegados não podem indiciar alguém por esses delitos.
Ameaças por e-mail
As ameaças que fizeram o acusado ser denunciado ocorreram por conta da vacinação contra a Covid-19. No e-mail, o homem afirmou que pretendia tirar seu filho da escola. O motivo: ele queria evitar que a criança tomasse uma vacina, segundo ele, “experimental”.
Não suficiente, ele ainda subiu o tom na mensagem, afirmando que aquilo não era uma ameça, mas sim o que ele chamou de “estabelecimento”. “Quem ameaçar, quem atentar contra a segurança física do meu filho: será morto. Isso não é uma ameaça. É um estabelecimento”, disse o acusado no e-mail enviado aos diretores da Anvisa.
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