Um homem foi preso e uma adolescente foi apreendida nesta terça-feira (08) em Realengo, Zona Oeste do Rio de Janeiro. De acordo com a Polícia Civil, a dupla é suspeita pela morte de um bebê de um ano e dez meses, filho da menor – o acusado era padrasto da vítima.
Polícia prende mãe de bebê que foi morta pelo padrasto no litoral de SP
Segundo a entidade, o bebê morreu após ter sido vítima de frequentes maus-tratos. Em exames feitos na vítima, médicos constataram que ela, identificada como Maria Sofia, chegou a ter uma fratura exposta no braço.
Conforme o laudo, tudo indicada que a menina foi vítima de um fenômeno chamado “Shaken baby”, que em português é conhecido como síndrome do bebê chacoalhado. Esse fato acarretou na criança um grande edema cerebral, infiltrações hemorrágicas difusas, meninges com infiltrações hemorrágicas e outros problemas.
Avó tentava a guarda da bebê
Nesta terça, o portal “G1” entrevistou a avó paterna da bebê. De acordo com a mulher, ela e seu filho, pai Maria Sofia, estavam há oito meses tentando pegar a guarda da menina, vítima dos frequentes maus-tratos.
Segundo Romilda Nunes, a tentativa para ter a neta consigo começou depois que a criança foi levada de Cabo Frio, onde ela mora, para o Rio de Janeiro pelo seu padrasto, o homem preso acusado de ter cometido o crime e identificado como Mateus Monteiro do Nascimento.
“Nós começamos a procurar a Sofia desde que ela fugiu de Cabo Frio para o Rio com o Mateus. Depois, ficamos sabendo que ele agredia ela constantemente, inclusive ele quebrou o braço dela, ela teve fratura em três lugares no braço”, explicou a mulher.
Ainda conforme a avó da bebê, quando ela e seu filho foram buscar a menina, a adolescente e o acusado pela morte da vítima acabaram fugindo. “O Mateus ameaçou meu filho de morte. Depois disso, eles continuaram fugindo com a Sofia. […] Ela sempre aparecia com marcas de mordida no corpo, hematomas e muito magra”, relatou a idosa.
Por fim, a mulher relata que, depois de tanto tempo tentando a guarda da menina, ela só foi “entregue” para eles já sem vida. “Depois de 8 meses, eu encontrei minha neta em cima de uma pedra gelada, toda cheia de hematomas, toda machucada”, desabafou a mulher.
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