Na década de 1980, Pablo Escobar, um dos traficantes de drogas mais famosos de todos os tempos, importou quatro hipopótamos – três fêmeas e um macho – para seu zoológico pessoal na Colômbia. Hoje estão entre 65 e 80 anos e são um grande problema nacional, porque o país não sabe o que fazer com eles. Os animais continuam a se reproduzir e são um perigo tanto para o meio ambiente quanto para os humanos. Por isso, cientistas estudam há algum tempo uma maneira de resolver o problema.
Escobar era natural de Rionegro, cidade próxima a Medellín, a segunda cidade da Colômbia, e ao longo dos anos se tornou uma das pessoas mais ricas do mundo graças ao grande tráfico de cocaína. O cartel dele controlava a entrada de drogas na Colômbia, México, Venezuela, República Dominicana, Estados Unidos e Espanha. Escobar foi responsável por crimes graves e cerca de quatro mil mortes. Ele morreu em 1993.
O famoso traficante colombiano era dono de uma enorme fazenda chamada Hacienda Nápoles, a meio caminho entre Medellín e Bogotá, onde construiu um zoológico. Ele contrabandeou muitos animais, como hipopótamos, girafas, elefantes e zebras, e depois abriu o lugar para o público. Escobar também construiu dinossauros de concreto para agradar o filho. Após a morte do chefão do tráfico, a maioria dos animais exóticos foi transferida para outro lugar.
Os hipopótamos, por outro lado, permaneceram lá. Isso porque transportar animais de três toneladas envolvia vários problemas logísticos e, acima de tudo, custava caro.
Desde então, os hipopótamos permaneceram na região do Rio Magdalena, um dos maiores do país, e se reproduziram. Esse ambiente tem se mostrado propício à sobrevivência da espécie na região, conforme explicado em uma reportagem da BBC de 2014. O rio tem um curso lento e está cheio de lugares onde a água é rasa: condições perfeitas para esses animais. Durante o dia, os hipopótamos ficam em lagos e riachos e vagam por pastagens gramadas à noite.
Ao contrário do lugar de onde vêm, a África; na Colômbia, os animais não encontram predadores naturais. Além disso, a área nunca passa por seca, fator que naturalmente limitaria o tamanho dos rebanhos, como acontece na África.
Especialistas argumentam que os hipopótamos representam uma ameaça à biodiversidade da área. Um estudo da Universidade da Califórnia descobriu que esses animais estão mudando a qualidade da água em que passam o tempo e depositam as fezes.
Em terra, os hipopótamos podem atingir animais ou pessoas correndo até 30 km/h quando percebem que alguém invadiu seu território. Embora nunca tenham matado ninguém na Colômbia em 30 anos, na África são responsáveis pela morte de cerca de 500 pessoas todos os anos.
De acordo com os cientistas, se o ritmo continuar, os “hipopótamos de Pablo Escobar” poderiam chegar a cerca de 1.500 em 2035. O governo tentou limitar sua reprodução pela esterilização, mas sem sucesso: poucos eram esterilizados porque o processo não é simples. É preciso enganar o hipopótamo para dentro de um cercado, sedá-lo e passar várias horas cortando a pele grossa do animal para encontrar os órgãos reprodutivos.
O procedimento também é caro e custa cerca de 8.500 dólares (mais de R$ 45 mil) por animal. Todavia, o governo da Colômbia já conseguiu até agora transferir os hipopótamos para quatro zoológicos do país e esterilizar 10. Por outro lado, a pandemia do novo coronavírus atrasou a resolução do problema.
Outra solução imediata seria abater os hipopótamos, mas já foi descartada depois de protestos quando um caçador matou um dos animais.
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