De acordo com a Covisa (Coordenadoria de Vigilância em Saúde), da Prefeitura de São Paulo (SP), o homem de 45 anos infectado pela variante Delta pode ter contraído a cepa através de transmissão comunitária na capital paulista. O caso foi confirmado na noite de segunda-feira (05) pela Secretaria Municipal de Saúde.
“Segundo avaliações preliminares, ficou constatado que existem indícios de que se trata de uma transmissão comunitária, que é caracterizada na impossibilidade de identificar a origem da infecção”, afirmou a secretaria, em nota.
O paciente infectado pela variante Delta trabalha em casa, não viajou ou teve contato com quem tenha saído do país, segundo a pasta. A mulher, a filha e o enteado dele também contraíram Covid-19; todos moram na mesma casa, onde cumprem isolamento e estão sendo monitorados.“A Covisa está investigando as amostras dos três familiares para que sejam encaminhadas ao Instituto Butantã”, diz a pasta.
“O caso está sob investigação para descobrir de que forma ocorreu a contaminação, levando em consideração que a pessoa trabalha em casa, diz não ter viajado e não ter tido contato com pessoas que viajaram. No entanto, ele reside com mais três pessoas, que tiveram contato com outras pessoas. Todos estes contatos e locais estão sendo investigados, em busca de uma resposta para saber como ocorreu a contaminação”, diz, a secretaria, em nota.
Prefeitura de SP monitora presença da variante delta
A rede de atenção básica de saúde de São Paulo segue monitorando os casos suspeitos e confirmados de Covid-19. “O município continua encaminhando ao Instituto Butantan e ao Instituto de Medicina Tropical da USP cerca de 700 amostras semanais positivas para a Covid-19. Desde abril, estas apontaram apenas este caso para a variante Delta, que está sendo investigado”, completa a nota.
Para tentar evitar a entrada da variante Delta na cidade, foram instaladas barreiras sanitárias para monitorar passageiros nos terminais rodoviários e no aeroporto de Congonhas, localizado na zona sul da capital paulista.
Até o começo deste mês, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a variante Delta do coronavírus está presente em pelo menos 98 países. A cepa que foi detectada pela primeira vez na Índia é apontada como mais transmissível e tem preocupado cientistas e autoridades do mundo todo.