Guedes defende a privatização da Petrobras e do Banco do Brasil

O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu nesta segunda-feira (27) a entrada da Petrobras e do Banco do Brasil na “fila de privatizações” do país. Segundo ele, o plano é continuar privatizando as empresas estatais nos próximos dez anos com o objetivo de gerar “dividendos sociais”.

“Um plano para os próximos dez anos é continuar com as privatizações. Petrobras, Banco do Brasil, todo mundo entrando na fila, sendo vendido e sendo transformado em dividendos sociais”, defendeu Guedes. A saber, a declaração ocorreu por videoconferência do encontro “O Brasil Quer Mais”. Aliás, a International Chamber of Commerce (ICC) organizou o evento.

Vale destacar que o ministro vem defendendo as privatizações há tempos. De acordo com Guedes, o principal objetivo dessas ações é permitir ao governo a utilização de recursos em um fundo de erradicação da miséria.

“Podemos fazer um plano de quatro, cinco anos, vendemos empresas estatais para um fundo de erradicação da miséria. Durante dois, três, quatro anos, vou transferir propriedades, dar ativos para os mais frágeis brasileiros. Isso terá de ser um esforço conjunto com o congresso, via PEC [Proposta de Emenda Constitucional]”, afirmou Guedes no início de maio.

Embora o ministro da Economia faça essas afirmações, o presidente Jair Bolsonaro disse na campanha eleitoral de 2018 que “não gostaria” de ver a privatização da Petrobras. À época, ele afirmou que isso só aconteceria “se não houver solução”. Além disso, o ex presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, afirmou que Bolsonaro havia vetado a privatização do banco em 2019.

Veja mais declarações de Guedes sobre privatizações

No evento, Guedes também destacou que já houve a privatização equivalente a R$ 240 bilhões no governo Bolsonaro. Em resumo, ele ressaltou a aceleração do processo e disse que “quem dá o ‘timing’ é a política” sobre a intenção do governo em privatizar a Eletrobras e os Correios.

Por fim, Guedes afirmou que ainda pretende modificar o regime previdenciário para o sistema de capitalização. A saber, o Congresso Nacional rejeitou a proposta em 2019. Em suma, esse regime define que os pagamentos dos benefícios ocorrem de acordo com as contribuições feitas no passado pelos próprios trabalhadores.

Leia Mais: Dívida pública atinge R$ 5,48 trilhões em agosto, diz Tesouro Nacional

Ruan Samarone

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