Governo reduz projeção para o crescimento do PIB brasileiro em 2022

O Ministério da Economia revisou suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2022. De acordo com o órgão do governo federal, o PIB do Brasil deve cresce 1,5% neste ano. A saber, o ministério havia projetado anteriormente um crescimento de 2,1% para a economia brasileira neste ano.

Os dados fazem parte do Boletim MacroFiscal, divulgado nesta quinta-feira (17) pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia. Aliás, o PIB tem a função de agir como um mecanismo para medir a evolução da economia através da soma de todos os bens e serviços produzidos no país.

Vale destacar que as projeções do governo federal se baseiam no cenário atual do Brasil. Como o país vem enfrentando uma inflação bastante elevada, as expectativas são de juros ainda mais altos que esperado. Inclusive, o Banco Central (BC) elevou na véspera (17) o juro básico da economia brasileira para o maior patamar desde 2017.

Além disso, a guerra na Ucrânia deverá afetar todo o mundo, provocando uma redução no crescimento econômico global. Em suma, o aumento dos preços de importantes commodities deverá impulsionar a inflação global. Contudo, grandes exportadores de commodities, como o Brasil, estão se beneficiando com este cenário.

Seja como for, o governo manteve estável em 2,5% a sua estimativa para o crescimento da economia brasileira em 2023.

Projeção para a inflação dispara

O governo também alterou sua projeção para a inflação do país em 2022. Em suma, as novas estimativas indicam um salto de 1,85 ponto percentual da taxa neste ano ao passar de 4,7% para 6,55%. Lembrando que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), pesquisado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é considerado a inflação oficial do país.

A saber, as projeções para a inflação do país neste ano dispararam após os reajustes promovidos pela Petrobras em relação à gasolina e ao diesel. Aliás, no ano passado, os combustíveis foram os “vilões da inflação”, acumulando alta de 49,02%, quase cinco vezes superior à taxa inflacionária do país no ano (10,06%).

Caso a projeção para a inflação se confirme, o nível ficará bem acima da meta definida para este ano, de 3,50%. Além disso, o patamar passará em 1,55 ponto percentual o limite superior definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 5,00%.

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